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indeferido r se h* esse abuso, que lhe não posso dar outro nome, de dar dinheiro para falhas, esse abuso deve cessar, e a Commissão onde o encontrar no seu Orçamento ha de corta-lo.

O Sr. Augusto Xomer: — Eu não posso ser da opinião do illustr» Deputado que acaba de faltar; não ha estabelecimento nenhum, ainda mesmo com-mercial, hão ha negociante nenhum que, tendo um daixeiro que seja pagador ou uoa thesòureiro, lhe não dê para falhas alguma cousa, segundo as forças da caixa. O Banco de Lisboa, por «xemplo, onde a escripturaçâo e uma das mais regulares, onde o ser-tiçó é fiscalisado todos os dias, o thesoureiro tens para falhas dous ou três contos de réis annuaes; e entretanto não e eíle o que faz os pagamentos, são os seus empregados secundários. O que me parece é que este negocio devia ir ao Governo para o tomar na consideração que entender; porque se o Governo entender que a este empregado sedeve dar uma gra-tificução para falhas, eMe o proporá; mas não deve \iCarnara indeferir o Requerimento porque os ornados desses empregados, que fazem pagamentos pequenos, são muito diminutos, e então forçosamente ham-de ter prejuiso. Eu tenho sido thesoureiro de algumas Commissões, lenho feito pagamentos, e sei que sempre haenganos. Portanto é melhor dar uma gratificação para falhas a esses empregados do que muitas vezes fazerem elles niáos pagamentos para suppriretD as falhas.

O Sr. Roma: — Já se tem resolvido tia Camará que em casos taes os negócios devem ser retnelticíos ao Governo. Entretanto eu, quando me considero compleiatnente habilitado para votar, voto; e neste caso entendo que posso votar pelo parecer da Commissão: comtudo não me opporei a que vá ao Governo.

• Levánlei-tne para fazer esta declaração; que neste caso estou habilitado a votar pelo parecer.

O Sr. Mendonça:—Ocaso parece-me que se reduz ao que vou dizer. Não ha este pagador somente, :ba" inuitos':p'utrõ8; «se aos outros^ que tem maiores ordenados se dão gratificações para falhas, porque ha de este ser excluído? Parece uma injustiça. Portanto seria muito mais conveniente que se mandasse ao Governo para que lhe podesse deferir. - O Sr. 'B. de Leiria: — Nem d^sse requerimento, nem dê documento algum autbentico consta, que se deu; dinheiro para falhas a outros pagadores.' Se va-nios a admittir que se remetia o^negocio .at> Governo , mesmo para que elle informe, então todos os quartéis" mestres de todos os regimentos j que recebem dinheiro do Estado, ham-de querer gratificações para falhas. Isto é inadmissível.- . .

O Sr. Roma: — Entendo também que não ha necessidade de estabelecer quantias separadas para fainas'; a questão é maisdinheiro.ou menos: se ha com efíVito responsabilidade grave» -dêrse um ordenado maior; mas não vejo a necessidade de fazer esta dis-tincção de ordenado e falhas* . :

Ô,Sr. J. A, de Magalhães: — A questão como éslá proposta n ao compete a esta Camará ;rou a Gamara deve pôr por despacho que o: negócio não lhe compete, e vá o requerente onde entender que deve ir, ou então deve-se mandar ao Governo: para lhe deferir como entender. Tudo o que for fora Úiitd não é senão tomar tempo com uma cousa cornpletamen-te inútil. :'-~- ;

O Sr. B. de Leiria:.— A conclusão do parecer é aquillo mesmo que o Sr. Deputado diz, que não pode deferir favoravelmente. ,

Foi rejeiiado o parecer por 38 contra £1 votos.

O Sr. Presidente: —E' preciso advertir que muitos Srs. Deputados não votaram nem por um , nem por outro lado, e por isso não dá a votação um numero legal, apesar deque na Salla estão muito mui». Srs. Deputados que o numero legal.

O Sr. Seabra: —Os que se acham na Salla devem votar necessariamente. .

O Sr. Presidente: — Não quiz votar um grande numero.

_O Sr..,/.) A. de Magalhães: —; A duvida e se os Deputados, estando presentes na sessão, lêem ou não obrigação de votar. O precedente é terrível.

Procedeu-se a nova votação, mas não foi possível mostrar-se o resultado delia, em razão da confusão , gue havia no modo de levantar e sentar j ale que o Sr, Presidente, pedindo — ai tenção — procedeu a terceira votação, cujo resultado foi: rejeitar* se o parecer por 4l votos contra 32: approvando-se em seguimento, gue se remetia ao Governo para o tomar na consideração que merecer.

Foi approvado sem discussão o Parecer da Commissão de Fazenda sobre os requerimentos de José dos Prazeres Balalhós, Filippe Roberto da Silva Stockler, e Anlonio Germano B«nvenuto. (Vide Sessão deli do corrente a pag. 182 deste Volume).

O Sr. Secretario Sá Vargas: — Leu— Um Otti-r cio do Sr. Depujacfo Pereira Brandão, participando á Camará que v,,i ás Caldas para tratar da sua saúde. — Inteirada.

Foram approvados sem discussão os seguintes Pareceres da Commiisâo de Fazenda.

1.* Sobre o requerimento de Joaquim António (TQliveira* .(..Vide, Sessão de 11 do corrente a pag. 183 deste Foiume^.

2.* Sobre a Representação da Camará Municipal da Batalha, (f^idè Sessão de 7 do corrente a pag. 100 deste f^óiume). -.''•-'>:•'•'

3.* Sobr.e a Representação da Camará Munici-7 pai de Oliveira do Hospital, (fidè Sessão de 7 do corrente a pag ..Wl"). >

és." Sobie a Representação da Camará Municipal d*Alcobaça> (Vide, Sessão de 11 do corrente a pag. 182). ' - ;. ... •

&.' Sobre a Representação da Irmandade da Misericórdia de Penafiel. (Vide Sessão de 11 do cor* rente a pag. 132). . —

, Entrou em discussão o Parecer da Commissão de Fazenda relativo a empregados da Alfândega- dá Mertola, Algarve-e Figueira. {Vide, Sessão de 11 do corrente a pag. 183). ' ,