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t)u do ,;uiu iiuvu bunca-rotu, ou de um novo ponto : osla e que ti a verdade.

Portanto a minha opinião é que a quês ião Política c a questão Financeira se continuem a discutir con-junclamente, porque de facto cilas lem-se discutido; e por isso não tenho duvida nenhuma em votar que só admilta desde já á discuesão o Projecto da Com-misaão, e que assim se discuta simultaneamente com o Decreto de 3 de Dezembro de 1861 o Parecer n." 111 da Gommissâo de Fazenda, a Substituição apresentada pelo Sr. Aviln, e todos os mais Projectos ou Propostas que ha sobre isto; porque 6 realmente o que tem estado cm discussão. E havemos nós perder inutilmente o tempo? Não pôde ser.

O Sr. Presidente honlem reconheceu que o facto era superior ao Regimento ; e tui voto pelo que honlem annunciou ò Sr. Presidente ; isto é, approvo, visto ser preciso preencher essa formalidade, qvie seja ad-millido á discussão o Projeclo da Commissão de Fazenda, na sim generalidade por ora, e que se disculu «''Mijiinclumente com o artigo í).° do Decreto de 3 de Dezembro, e com n Substituição apresentada pelo Sr. Ávila; quer dizer, approvo que seja admillido á discussão o que já está admitlido de facto, eaqoil-lo que já foi discutido uns poucos de dias.

O Sr. Cunha Sotto Maior:—Sr. Presidente, cate embaraço em que a Gamara se acha, piovrt a i m pró. pricdude do Parecer da Commissão. Se a Gommissâo tivesse dado um Parecer corno devia; se não ti-vcssc enfeixado n'um molho cem Decietos, (i não quizessc quu nós os discutíssemos do um tacto; se a (Já m missão tivesse considerado que. estes cem Decretos contem rruítvria adminislraiiva, mutori;» Jndiri.il, matéria econumicu, mulcria miliUir, providencias sanitárias, ale7 Hugmento de despesa, diminuição de rc = ceita, crcação de novos Tribunncs, de novas Secre. tarias e de novos Empregados; se n Gommissâo se tivesse compenetrado ola importância de todos esto» Decretos em geral, c de cada um em particular; se tivesse estudado a questão como devia estudar, a Gamara não se veria na situação penoza em que se acha.

Perguntarei eu, quem e' que tem traclado do Parecer da Commissão? Estamos a discutir ha cinco dias, e eu vejo que nenhum dos Deputados que tem fallado discutiu ainda o Parecer da Commissão, c sim o Decreto de 3 de Dezembro, nem mesmo o Decreto de 3 de Dezembro, senão o artigo í).° desse Decreto.

Porem depois que o Sr. Ministro da Fazenda, quando fallou pela primeira vez sobre o Parecer, disse — que o Decreto de 3 de Dezembro salvou a situação, c desembaraçou felizmente o futuro —no meu intender n discussão é inútil ; porque o Decreto ha de passar; ha de acontecer o mesmo que se verificou a respeito da roda do sal. Se a Gamara quando o Sr. Ministro da Fazenda disse aqui imperiosamente — faça a Camará o que fizer, discuta o que discutir, decida o que decidir, a roda do sal acabou — ; se a Gamara tivesse logo condernnado esta heresia parlamentar saída do banco dos Ministros, não diria hoje S. Ex.a que o Decreto de 3 de Dezembro salvou a situação e desembaraçou o futuro.

Um Decreto que salva a situação e que desembaraça o futuro, não pôde ser revogado pela Gamara ; ou ella queira ou não queira, esse Decrelo ha de ir por diante-, E eu collocado na triste alternativa,

na situuçciu àcjyraguda ik approvui uu o Decreto ou u Substituição mandada para a Mesa por aquelle lado (Esquerdo) da Gamara, approvo antes o Decreto; porquo o Decreto e o extermínio, a Substituição a anniquilação ; o Decreto mata com brandura, a Substituição mata com golpes de carrasco (Risadas).

O Sr. Presidente: -— Permitta-rneobservar-lhe, que n questão de que se tracta, c de ser ou não admitti-do á discussão o Projecto da Gommissâo.

O Orador: — V. Ex.u sabe por experiência de quasi todos 03 dias que eu não abuso da faculdade que tenho de falia r nesta Camará; mas o que eu quero ponderar, e c uma grande verdade de que nem aquelle lado (Itsqucrdo) nem o Centro, nem o Governo se querem convencer, é que o Parecer manifesta que existe grande irregularidade em todos es-tcs trabalho*.

Fallemos claro, aqui ha uma pretenção absurda, aqui Irn uma pretenção que nos estampa na fronte o ferrete de prudência inepta, de resignação estúpida, de confiança cega ! .. Vir uma Commissão c dizer — Appiovai cem Decretos—• (í o mesmo que se dissesse — Soldados! Sentido; esquerda em frente; marcha (Risadas)! Quando eu vejo Pareceres destes, não es-to u n'uma Gamara, estou n'urn acampamento militar; não tenho Collegas, tenho camaradas! .. .

Isto, Sr. Presidente, é abusar da dignidade de nós todos, e condemnar a nossa intelligencia, e tolher o nosso raciocínio l Quando uma Commissão se lembra de apresentar cem D^rnlns pnra serem discuti* dos e votados, Decretos que ella declara que não con-corisiderou c alguns de que não tem conhecimento, r- corda quando C.nsf.mire. Perrier dizia nos Deputados— Levantai-vos e votai! ... Por consequência eu niio approvo nem rejeito porque declaro a V. Ex." francamente, que apesar dos esforços da minha intelligencia, ainda não pude perceber qual é o resultado desta questão.

Quer-se separar a queslão Política da questão Fi-nanceira. Mas a queslão Política não vale nada, havendo todos os Srs. Deputados que tem fallado a esse respeito, declarado que a approvam ; e em quanto ú questão Financeira, depois que o Sr. Ministro da Fazenda declarou que o Decreto de 3 de Dezembro salvou a situação e desembaraçou o futuro, que mais querem ? Está claro que o Purecer passa ; por consequência toda a discussão para mim e inútil; c como o que é inútil é insensato, c o que e insensato d absurdo, não discuto (Risadas).

O Sr. Nogueira Soares: — Sr. Presidente, o i[-lustrc Deputado que n caba de fíillar, insultou n Commissão encarregada de examinar 03 Actos da Dictadura com o fundamento de que tinha aqui apresentado vim só Parecer sobre todos esses Actos. Mas as palavras duras que- o Sr. Deputado proferiu, não foram dirigidas ;'i Cornmissão, foram dirigidas á Camará toda (O Sr. Cunha: — Pois soja) que nomeou uma só Commissão pnra examinar todos os Decretos da Dicladurn, e todas as Camarás passadas tem feito o mesmo; todos os Actos de qualquer Dicladura tcrn sido examinados por uma só Commissão c tem sido votados corijunctamcnte.