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SESSÃO DE 4 DE FEVEREIRO DE 1859.

PRESIDENCIA DO Ex.mo SR. VISCONDE DE LABORIM, VICE-PRESIDENTE.

Conde de Mello, Secretarios, os Srs. D. Pedro Brito do Rio.

Ás duas horas e meia da tarde, achando-se reunido numero legal, declarou o Sr. Presidente aberta a sessão.

Fez-se leitura da acta da precedente sessão, que foi approvada. Deu-se conta da seguinte correspondencia: Um officio do Ministerio das Obras Publicas, remettendo um autographo do Decreto das Côrtes geraes n.º 53. Para o archivo.

O Sr. Marquez de Vallada — Sr. Presidente, se se achasse na cadeira competente o illustre Presidente do Conselho e Ministro do Reino, eu faria já uma pergunta a S. Ex.ª, a qual carece de resposta que não deve ser muito demorada; mas como S. Ex.ª não está presente, mandarei para a Mesa a nota de interpellação, em que do mesmo modo peço ao Sr. Ministro, que haja de informar esta Camara sobre o escandaloso facto que ha pouco aconteceu em Coimbra, que foi nada menos do que um famoso assassino companheiro dos Brandões de Midões, por nome José Tavares de Brito, evadir-se da prisão com geral assombro de toda a gente de Coimbra, escandalisada por acontecimento tão inaudito, pois que o dito preso saía a passeio com um guarda da prisão, e recolhendo depois ao hospital evadiu-se, como dito fica; mas melhor se verá pelo artigo de um supplemento ao jornal o Conimbricense, que me foi hoje remettido. Eu passo a lêr, porque é um artigo pequeno (leu).

Este facto é altamente grave, e exige que o Governo se occupe mui seriamente de examinar quem foi o auctor e cumplice n'um crime e escandalo de tal natureza. Mando para a Mesa a nota da interpellação com o jornal que traz o artigo que li, e peço a V. Ex.ª tenha a bondade de fazer com que o Sr. Marquez de Loulé receba a competente communicação, mandando-se-lhe estes papeis de que faço entrega convenientemente.

A nota de interpellação é do theor seguinte: «Desejo interpellar o Sr. Ministro do Reino, relativamente á fugida do preso Tavares de Brito da prisão em que se achava em Coimbra. Camara dos Pares, em 4 de Fevereiro de 1859. =0 Par do Reino, Marquez de Vallada.»

O Sr. Presidente — A Mesa cumprirá com o seu dever para satisfazer ao pedido do Digno Par.

A ordem do dia é apresentação de pareceres de commissões, mas vejo que nenhum se apresenta ainda hoje; por consequencia, como não ha trabalhos preparados, recommendo ás commissões que tiverem a dar alguns pareceres, que attendam a que carecemos de objecto para ordem do dia, e assim dou a sessão para segunda, feira (7). sendo a ordem do dia apresentação de pareceres, que espero se leiam alguns, a fim de continuarmos depois a ter novamente sessões com regularidade.

Está fechada a sessão de hoje. — Eram quasi tres horas da tarde.

Relação dos Dignos Pares que estiveram presentes na sessão de 4 de Fevereiro de 1850.

Os Srs.: Visconde de Laborim; Duque da Terceira; Marquezes: de Ficalho, de Fronteira, das Minas, de Niza, de Pombal, da Ribeira, e de Vallada; Condes: d'Azinbaga, do Farrobo, de Linhares, de Mello, de Paraty, de Penamacor, da Ponte de Santa Maria, de Rio Maior, de Samodães, e do Sobral; Viscondes: d'Algés, d'Athoguia, de Balsemão, de Benagazil, de Campanhã, de Castro, de Fonte Arcada, de Fornos de Algodres, de Ovar, e de Ourem; Barões: de Porto de Moz, e da Vargem da Ordem; Sequeira Pinto, Margiochi, Proença, Aguiar, Larcher, e Silva Sanches.