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DOS PARES. 309

Sr. Ministro da Justiça: — É. por que não sei.) Eu conheço que todas as Administrações tem achado embaraços; mas jámais darei o meu voto a uma Administração que não tracte primeiro das economias, antes de apresentai Leis de tributos. O Sr. Ministro da Justiça, quando me respondeu, poz na minha bocca proposições que eu não tinha dito; principalmente inverteu o sentido do que disse relativo ao Ministerio de 10 de Fevereiro; se fosse verdade o ter enunciado o que se acha publicado em algum jornal, de certo não merecia a pena que S. Exa. tivesse o trabalho de lhe responder; mas isto é orneio roais facil de desfazer os argumentos dos contrarios. A verdade porem e que eu disse ter havido uma violação de Lei, que para ser consentida era mister que a ruina do Estado fosse certa e a medida salvadora; que neste caso mesmo eu quereria que aquelle que tivesse lançado mão desta medida, passado o perigo, se apresentasse á Nação despido do poder; que isto não eram theorias, e para exemplo trouxe o Ministerio de 10 de Fevereiro, que achando-se reduzidos a simples particulares, nem por isso achou voz alguma a accusalo. Estas foram as minhas palavras e não outras.

O SR. DUQUE DE PA.LMELLA.: — Não posso deixar de dizer que, o que acaba de acontecer nesta Camara, confirma mais uma vez aquillo que por diversas eu tenho dito, e ainda hoje repeti, a respeito das explicações. As explicações depois da votação, não são outra couza senão aquillo que o Regimento prohibe, que é — motivar o voto... Não irei porèm mais longe, para não pôr em praticado mesmo que reprovo, visto que pedi, e tenho a palavra sómente para a rectificação de um facto.

O Sr. Conde de Lavradio fez-me dizer o que eu não disse, e pensar o que não penso. Eu não disse que tinha apoiado todos os Ministerios, por que não é verdade; e por conseguinte, a respeito deste facto, sobre o qual o Sr. Conde do Lavradio edificou a sua explicação, só accrescentarei que S. Exa. foi inexacto. Em quanto ás consequencias que tirou, S. Exa. mesmo, quando estiver de sangue frio, e ler o meu discurso, verá que nelle não ha couza que devesse provocar a irritabilidade do Digno Par nas recriminações, directas ou indirectas, que fez. Quanto ao mais, eu descanço plenamente, tranquillamente, na opinião da Camara, e na do Publico: elle dirá se o exemplo que o Digno Par deu hoje, de uma maneira tão marcada e distincta, de se dirigir designadamente a individuos, de os apresentar nas discussões, e (por assim dizer) de as tornar vivas, deve ser ou não seguido pelos que lhe respondem; finalmente, se a historieta do côrtezão dos sessenta annos, que S. Exa. referiu, póde ter uma applicação litteral ao meu caso... Deixo tudo isto ao juizo imparcial do Publico; e não direi mais nada. (Apoiados.)

O SR. VICE-PBESIDENTE: — A proxima Sessão terá logar na Quarta-feira (1.° de Março), e a Ordem do dia serão os Pareceres das Commissões, — Está fechada a Sessão. Eram cinco horas.