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ros entende, pois, que não há necessidade de créditos extraordinários, e que o Ministro pode resolver o assunto sem afectar o orçamento do seu Ministério e sem gastar muito dinheiro.

Lisboa, sala das sessões da comissão de negócios estrangeiros, em oO de Marco de l í) Í 4.-—João de Deus Ramos =-^ José da Conta Basto--^ Urbano Rodri

Senhores Deputados.— A exposição internacional que vai realizar-se em Loipzig,

0 que soi-íi uma imponentíssima, demonstrarão dos progressos .rcali/ados TIÍIS artes grálicas, concorrerão muitos países da .Ku-ropa, que sempre aproveitam Iodas as ocasiões e pretextos de evidenciar o seu estado de adiantamento em todos os ramos da actividade industrial e do colher preciosos ensinamentos no estudo comparativo dos progressos realizados pelos outros países. Muito se tem discutido ultimamente MH das grandes exposições internacionais resultam para os países concorreu ie» vantagens que, dalguma forma, compensem as despesas roa,!i/:acla3, c j .'i no nos^» Par-

1 ame n to autori/.adas opiniões só. manifestaram sobre t a m interessante o complicado problema.. Não compete a esta comissão pronunciar-se sGbre tal assunto, embora entenda que Portugal, sempre que as condições do Tesouro Público o permitam, não deve deixar de concorrer aos grandes certames internacionais. Desta orientação poderá não resultar grande soma de vantagens, mas nunca derivarão inconvenientes ou prejuízos de qualquer natureza.

Perante certos • e determinados países, que desconhecem ou conhecem imperfeitamente—-e muitas vezes através de tendenciosas informações — a nossa civilização, o nosso estado de adiantamento c os progressos que est?ío sendo realizados pelo povo português, cujas excepcionais qualidades estavam sendo aniquiladas por um regime de opressão, precisamos mostrar duma forma .inequívoca, e que não deixe dúvidas nos espíritos mais mal dispostos a nosso respeito, que sob a égide da República uma profunda transformação se está operando em Portugal e que, sob muitos pontos de vista, vamos já caminhando a par dos países mais avançados e progressivos .Não devemos perder as ocasiões de elucidar e orientar a opinião estrangeira a

Diário da Câmara dos Deputado ê
respeito do nosso país e de captar e merecer as simpathias ou, pelo menos, a benévola espectativa das grandes nacionalidades, árbitros da alta política internacional em que nunca poderemos pesar muito pela força do nosso exército ou pelo poder da nossa marinha de guerra. O Governo Alemão dirigiu ao Governo Português um convite amabilíssirno para a Exposição Internacional de Leipzig, convite que foi até às mais cativantes defercncias, pois excepcionais facilidades nos foram oferecidas. Aceito o convite e comunicada oficialmente essa resolução aos promotores da exposição, não seria conveniente, uniu sequer Jiílmibyívd, que à última hora se, faltasse ao prometido sol) qualquer pretexto, que a crítica não deixaria de aproveitar duma forma que não nos poderia ser favorável ou lisongcira. l'ara lamentar é que, abrindo a exposição no próximo mês de Maio, tam tarde se procure resolver o que de há muito devia estar solucionado.