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12 Diário da Câmara dos Deputados

de Lira, Torquato Lamarão, Eduardo Cláudio, Abel Pinto, Gomes Pereira e o joven Oswaldo Faria; na poesia, sob o triunvirato excelso de Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Vicente de Carvalho, cultores aprimorados se contam, como Raimundo Correia, Mário de Artagão, Luís Gruimarães, filho, Afonso Celso, Rodrigo Octávio, Alencar, Mucio Teixeira, Hermes Fontes, Aderbal do Carvalho, Augusto de Lima, Pereira da Silva, Machado de Assis, Fontoura Xavier, Medeiros e Albuquerque e D. Júlia Lopes de Almeida; e no romance e no teatro: Raul Pompea, Graça Aranha, Gonzaga Duque, Virgílio Várzea, Artur Azevedo, João do Rio, e êsse precioso estilista que é Coelho Neto; na diplomacia e na história: Joaquim Nabuco, Oliveira Lima, João Ribeiro, Rocha Pombo, e o barão de Rio Branco, o Brasileiro insigne entre os insignes, glória do Brasil moderno, devotado amigo dos portugueses, admirador fervoroso do maior diplomata português do século findo - el-rei D. Carlos, Rio Branco, um nome que é uma época, cuja nobre figura e honrosíssima amizade lhe é grato recordar e cujos altos predicados mentais vê galhardamente prosseguidos na chancelaria de Itamaraty, através das gestões de Lauro Muller e Nilo Peçanha; na crítica e elaboração filosóficas: Tobias Barreto, Sílvio Romero, Clovis Bevilacqua (distintíssimo jurisconsulto), Artur Orlando, Celso Magalhães, Euclides da Cunha, José Veríssimo, Magalhães de Azevedo, Melo Morais, e Araripe Júnior; e na eloquência tribunícia: Quintino Bocayuva, Barbosa Lima, Lopes Trovão, Assis Brasl, Carlos de Leat, Ireneu Machado, César Bierrembarck e Rui Barbosa, que, com o nosso António Cândido, são os dois mais excelsos representantes da palavra proferida em língua portuguesa.

E que neste sucinto balanço da actividade mental brasileira se não olvido que no seu Livro de ouro das Belas Artes se escrevem os nomes dos músicos Carlos Gomes, imortal autor do Guarany, Alberto Nepomuceno, Henrique Oswaldo, Menelau Campos, Carlos de Mesquita, Francisco Braga, e do popular Filinto Milanez; do consagrado escultor Bernardelli e do seu notável camarada Correia Lima; dos pintores, Pedro Américo, Navarro da Costa, António Ferreiras, Rodolfo Amoedo, Décio Vilares, Zeferino da Costa, Veingártner e João Baptista; de arquitectos como Sousa Aguiar, Heitor de Melo, Ludovico Berna, Bittencourt da Silva, Ramos de Azevedo, a cuja infatigável e ilustre iniciativa está ligada a melhor parcela da construtiva arte paulistana, e Paulo Freitas cujo nome se gravou ad perpetuum na fábrica da grandiosa catedral fluminense da Candelária.

O Sr. Egas Moniz: (interrompendo) - É ler nomes.

O Orador: - V. Exa. não os leu porque os não conhecia!

Vou terminar lamentando o que de triste aqui se passou num conflito de vaidades doentias e apartes impertinentes. (Sussurro).

O Sr. Egas Moniz: (interrompendo) - A maioria não abdica da situação em que se encontra e não pode consentir agravos.

(Sussurro).

O Orador: - Mal fadada está esta questão, derivada duma circunstância de todos nós muito conhecida, mas a que ou mais não me reportarei.

A sombra do Brasil devem todos os portugueses unir-se, e, se assim é, ninguêm tem o direito de julgar o contrário. Nós, dêste lado da Câmara, que temos a honra de ser comandados por um soldado de África, quando falamos em Pátria não pode essa palavra ter um segundo sentido.

Quando tive a honra de submeter à sanção da Câmara a proposta de aproximação com o Brasil, muitas foram as interpretações que ela recebeu; porêm, nenhuma foi a verdadeira. Houve palavras, é certo, de afecto, e eu não quero reportar-me à contradita. Quero apenas acabar por onde comecei.

O assunto é demasiadamente elevado e grande para que todos nos unamos ao redor dele. Estou pronto a expor perante a respectiva comissão a minha maneira de ver sôbre o caso, que não é a de entender que só comece pelo fim com a remessa duma missão; deve, sim, tratar-se o assunto com toda a elevação e ponderadamente, sem platonismos, como merecem os assuntos que mais caros são aos interesses nacionais. Então, se a maioria

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