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Sessão de 10 de Novembro de 1919 27

não sofressem qualquer desacato. Efectivamente os presos saíram do tribunal e ninguêm os agrediu. Um deles, não sei em que sítio, meteu-se num automóvel -e, ao passar no largo da Cordoariz, um popular desfechou sôbre o automóvel três tiros de pistola. Um polícia, que perto andava de serviço, ao ouvir as detonações, acorreu imediatamente ao local, mas não viu ninguêm. Limitou-se a dar participação do caso ao comando da polícia para se proceder a averiguações.

Um outro caso deu-se com um padre que foi absolvido, e que se dirigia para a rua dos Caldeireiros.

Casos desta natureza são impossíveis de evitar.

O Sr. Jorge Nunes (interrompendo): - Trata-se de cavalheiros que têm largo cadastro.

O Orador: - O que desejo afirmar à Câmara é que, quando os presos saíram do tribunal, ninguêm os agrediu, e que não vejo motivo para se dizer que as autoridades não providenciaram.

O Sr. Jorge Nunes: - O que é preciso é evitar que essas criaturas voltem a fazer o mesmo.

O Orador: - V. Exa. tem razão, mas eu não tenho podido fazer mais nada.

Eu mandei lá um juiz que me merece toda a confiança, e que veio declarar que não se apurava nada.

O Sr. Jorge Nunes: - Isso pode significar muito, mas não resolve nada.

O Orador: - V. Exa., se aqui estivesse, faria o mesmo. Eu alguma cousa tenho feito. O caso está entregue à investigação.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão sem desprimor para os Srs. Deputados inscritos.

A próxima sessão é amanhã, às 14 horas.

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 30 minutos.

Documentos mandados para a Mesa durante a sessão

Projectos de lei

Dos Srs. Aníbal Lúcio de Azevedo e Vergílio Costa, aplicando a disposição do artigo 81.° da lei n.° 226, de 30 de Junho de 1914, aos indivíduos civis aposentados ou na situação de inactividade para efeitos de aposentação, e que exercem funções docentes nos estabelecimentos de ensino oficial.

Admitido.

Para a comissão de finanças.

Do Sr. Manuel de Brito Camacho, alterando o artigo 17.° do Regulamento de 127 de Maio de 1911 sôbre circulação de automóveis.

Admitido.

Para a Secretaria.

Para a comissão de comércio e indústria.

Do Sr. Carlos Olavo, regulando a promoção dos oficiais e sargentos milicianos.

Admitido.

Para a Secretaria.

Para a comissão de administração pública.

Do Sr. António Pais Rovisco, autorizando o Govêrno a contrair um empréstimo até a quantia de 150.000$ para aquisição dum edifício, mobiliário e material de ensino para a Escola Comercial Ferreira Borges, de Lisboa.

Para a Secretaria.

Para o "Diário do Govêrno".

Do Sr. Orlando Marçal, considerando professores tirocinantes das escolas comerciais ou industriais os actuais mestres de stenografia, dactilografia e caligrafia.

Para a Secretaria.

Para o "Diário do Govêrno".

Do Sr. Vergílio Costa, reorganizando o quadro do pessoal artístico da Direcção Geral dos Trabalhos Geodésicos e Topográficos.

Para a Secretaria.

Para o "Diário do Govêrno".

Do Sr. Custódio Maldonado de Freitas, criando nas Caldas da Rainha uma escola comercial.

Para a Secretaria.

Para o "Diário do Govêrno".