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JJidrio da C fanara dos Deputados

liga crédito às campanhas de. suspeições agora tanto em moda nesta Casa e apenas atinentes à sabutagem de Ministérios com o mesquinho intuito apenas, em regra, de TDeras substituições pessoais no struggle, pela conquista da ambicionada pasta.

E assim, atendendo-se, quando mais não fosse, à delicadeza do momento em que se tratava de agravar fundamente os impostos, teria sido profilático, deixe-me o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros assim dizer, que S. Ex.a viosse explicar como e porquê não concorria neste particular para a diminuição das despesas públicas fazendo esses dois despachos que fez.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Pereira): — V. Ex.a parte de um princípio errado. Mesmo que eu viesse antecipadamente dizer à Câmara os motivos porque fazia essas nomeações, a especulação havia de fazer-se, assim como há-de continuar, apesar da sessão de hoje.

Não continua por parte de -V. Ex.:i que está falando de boa fé e deseja ser esclarecido. . .

O Orador : —Eu, apesar do que V. Ex.% diz, mantenho- o meu ponto de vista, pois que dada a celeuma provocada pelo acto de V, Ex.a. . .

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Pereira):—Eu não supunha que o meu acto levantasse celeuma. . .

O Orador:—Em circunstâncias muito menos graves, e direi mesmo, até nor-mais, o antecessor de V. Ex.a nessa pasta, o Sr. Melo Barreto, não trepidou em vir ao Parlamento — e isto não foi há muito tempo ainda—justificar a escolha que fizera dos nossos delegados à conferência de G-enebra, acompanhado então dos habituais e, agora, já inevitáveis elo--gios à alta capacidade do Sr. Afonso Costa.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Pereira): — Que, a'iás, ou não cheguei a fazer, apesar de com eles concordar.

O Orador: — E:eu também; mas é que considero já tais elogios como um nariz de cera já muito derretido.

Notarei ainda que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, referindo-se aos membros demissionários da Comissão de Reparações, elogiou, aliás imerecidamente, única e exclusivamente o nosso ilustre mmmmm nesta Câmara, o Sr. Vitorino Guimarães, antigo e indefesso republicano,, e pessoa que, pelas suas valiosas qualidades de inteligência e de trabalho tem jus à nossa maior consideração. (Apoiados).

Disse mais o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros que o Sr. Vitorino Guimarães empregou o maior empenho e a maior insistência em deixar a missão de que estava incumbido em Paris a fim de voltar a Portugal tratar dos seus interesses políticos e particulares.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Pereira): — j E não devia ter sido estranho a essa resolução o co-nhocimento do que cá se diz, que é bem injusto!

Orador: — Eu é que ignoro o que aí se diz a respeito dele. Nada mo chegou aos ouvidos. Apenas registo a declaração feita por V. Ex.a de quo ele apresentava por .um modo reiterado e pertinaz o seu pedido de demissão, fundamentado nos seus interesses pessoais e políticos que o chamavam a Portugal.

Que os seus interesses políticos cá o chamavam não precisava eu que V. Ex.a o dissesse; pois compreensh ois seriam as saudades e as inquietações dele pelos seus interesses eleitorais agora ameaçados no distrito de Bragança. (Risos).

Basta ver a composição do actual Gro-vêrno.

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. O Orador:—Melhor seria talvez, dado o ruído quo há na Câmara, que V. Ex.a em vez de agitar a campainha
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