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Diário da Câmara dos Deputadas

cou determinado dar protecção ao órgão das empresas, e não às diversas empresas.

Não é justo nem razoável que o Governo esteja,protegendo as indústrias jornalísticas, pretendendo assim impedir que os trabalhadores- da imprensa consigam ver satisfeitas as suas reclamações, aliás muito justas. .

Não tem esta Câmara nada eom o assunto, é certo; não tem de intervir, por isso que os trabalhadores da imprensa têm as respectivas associações de classe para tratarem como entenderem e julgarem mais conveniente dos interesses e direitos que defendem.

O que, 'porém, esta Câmara não pode consentir, sem o seu protesto, é que o Governo intervenha nesto assunto, protegendo por forma que não pode ser aceitável as empresas jornalísticas.

O Sr. Sá Pereira:—Apoiado!

O Orador: — Sinto profundamente que não esteja presente o Governo...

"O Sr. Sá Pereira:—Apoiado!

O Orador:— ...para lavrar o meu protesto pelo que está sucedendo... Apoiados do Sr. Sá Pereira.

O Orador:—... e pedir-lhe imediatas providências, mandando retirar das tipografias os elementos militares que ali estão empregando os seus braços.

Apoiados do Sr. Sá Pereira.

O Orador: — Era dever do Governo mandar recolher a quartéis os elementos militares que estão nas tipografias, impedindo que os trabalhadores da imprensa vejam satisfeitas as suas reclamações.

O Sr. Sá Pereira: — Apoiado !

O Orador : — Os militares juraram pela sua honra e dignidade defender a Nação, defender a bandeira nacional. O que nunca pensaram foi servir para intervir em qualquer movimento grevista.

O Sr. Sá Pereira:—Apoiado!

O Orador: — Embora tenha muita consideração e respeito pelo elemento mili-

tar, devo dizer que neste mcmento está representando um papel que muito repugna à consciência de todos.

O Sr. Sá Pereira:—Apoiado!

O Orador: -=- Chamo a atenção da Câmara para as minhas palavras.

Desejava que o Governo estivesse presente para lhe fazer sentir isto.

Logo que o Governo se apresente no Parlamento me referirei a este1 facto, que não tem precedentes, nem pode continuar.

Apoiados do Sr. Sá Pereira.

O Sr. António Mantas : — Vonho há cerca de dois anos reclamando, pelo Ministério da Instrução, vários documentos que preciso sobre escolas primárias superiores. Por último requeri que me fossem, enviados os originais arquivados no Ministério para que eu pudessa colher neles os elementos de estudo..

Acabam de chegar à minha mão esses documentos, os quais vêm sem ordem nem nexo, e deles não constam as informações que pedi.

Por esta razão tomo a liberdade de os mandar para a Mesa a fim de serem devolvidos para o Ministério da Instrução, insistindo pelo meu pedido em diversos requerimentos. Apelo para o novo titular da pasta da Instrução, esperando que S. Ex.a atenda as minhas reclamações.

Torna-se preciso saber quais as condições pedagógicas em que funcionam as escolas primárias superiores o a qualidade do pessoal docente e menor.

Em conclusão, não me satisfazendo o que me enviaram, que não é o que venho requerendo há perto do dois anos. insisto pelo deferimento dos meus requerimentos.

Assim, tenho a honra de enviar para a Mesa esses documentos, a fim de V. Ex.a os mandar para o Ministério da Instrução.

Logo que' se apresente na Câmara o novo Sr. Ministijo da Instrução apelarei para, S. Ex.a, para que tenham satisfação plena os meus requerimentos.