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30 DE NOVEMBRO DE 1965 11

construtiva; está a fazer demagogia. Atrevo-me a VV. Ex.ª que reflictam sobre o que acabo de tomem, ao criticar, as cautelas necessárias. VV. Exª. são livres nas críticas que entenderem dever fazer hão-de sempre pensar na medida em que, por delas, pode ser-se conduzido à destruição de uma organização, em vez de ao seu aperfeiçoamento. As quê contribuírem para o seu aperfeiçoamento serão sempre bem acolhidas.
Tenho estado a falar das repercussões da actividade parlamentar sobre a política interna.
Das repercussões sobre a política externa, pelo menos de repercussões directas, não vale a pena falar tenho ideia de alguma vez aqui se ter criticado a política externa.
Devo, no entanto, notar que o nosso regime geralmente compreendido. Não são só os Afro-Asiáticos nem os de ideologia comunista, que o não compreendem ou que o atacam, precisamente porque compreendem que os fundamentos em que assenta são claramente opostos àqueles em que assentam os seus; são também os de civilização ocidental e cristã.
Por outro lado, há hoje a tendência, não obstante a Carta das Nações Unidas, para intervir na vida interna dos Estados. A Carta é interpretada ao sabor dos interesses da ocasião e serve para tudo. Até para nela se vir o contrário do que nela se contém.
Compreendem assim VV. Ex.ª as repercussões que podem ter na nossa vida internacional certas intervenções que se fazem sobre a nossa política interna.
B este o quadro que deve ter-se presente quando se fazem essas intervenções.
Não se pretende enfraquecer o direito de criticar Deputados; pelo contrário, deseja-se que ele seja eido largamente, desde que com sentido construtivo
Espero que VV. Ex.ª tenham compreendido a i das minhas reflexões, que não pretendem senão pô-los diante de problemas que, tenho a certeza, VV. Ex. resolverão melhor do que eu mesmo resolveria.
E vou terminar, mas não sem, deste alto lugar, saudar as forças armadas de terra, mar e ar que estão a bater-se pela defesa da Pátria em todas as fronteiras onde atacados.
Vozes:- Muito bem!
O Sr. Presidente: - Tenho a certeza de que preto assim o pensamento e sentimento da assembleia e de todo o povo português.
Vozes: - Muito bem, muito bem!
O Sr. Paulo Cancella de Abreu: - Sr. Presidente: a palavra apenas para agradecer a VV. Ex.ª e ao Sr. deputado Castro Fernandes as referências elogiosas, imerecidas, que me fizeram, referências que devo à sua amizade e à tolerância que sempre os caracterizaram.
O Sr. Presidente: - Está na Mesa a proposta d de autorização das receitas e despesas para 1966, que irá baixar às Comissões de Economia e Finanças.
Como VV. Ex.ª não ignoram, esta proposta de lei de estar votada, por força de disposição constitucional até, até 15 de Dezembro, mas não pode entrar em discussão sem parecer da Câmara Corporativa. Importa, portanto, enviá-la à Câmara Corporativa, com a declaração de que é urgente o parecer dessa Câmara.
Submeto a VV. Ex.ª esta questão da declaração da urgência.
Consultada a Assembleia, foi votada a urgência.
O Sr. Presidente: - Importa agora estabelecer o prazo para que o parecer da Câmara Corporativa esteja na Assembleia Nacional. Proponho que esse prazo seja até ao dia 9 do próximo mês de Dezembro.
Submetido à votação, foi aprovado fora de prazo.
O Sr. Presidente: - Quero informar VV. Ex.ª do que vão ser eleitas as Comissões de Finanças e Economia, que hão-de estudar a proposta de lei de autorização das receitas e despesas para 1966, e dizer-lhes que essas Comissões já têm, a partir deste momento, meios de trabalho e segundo as, informações que colhi, virão a ter muito antes do dia 9 projectos do parecer da Câmara Corporativa. Têm como documento fundamental, desde já, para iniciarem os trabalhos, além da proposta de lei, o relatório do Sr. Ministro das Finanças. Terão ocasião de verificar que é um relatório notável, onde poderão colher elementos importantes de informação com vista a prepararem as suas intervenções para o debate sobre a mesma proposta de lei
Disse que íamos proceder à eleição das comissões que têm de debruçar-se sobre aquela proposta de lei e fazer o seu estudo. Interrompo a sessão por alguns minutos para se organizarem as respectivas listas.
Eram 17 horas e 53 minutos.
O Sr. Presidente: - Está reaberta a sessão. Eram 18 horas e 25 minutos.
O Sr. Presidente: - Como disse há pouco, segue-se agora a eleição das Comissões de Finanças e Economia. Vai proceder-se à chamada.
Fez-se a chamada.
O Sr. Presidente: - Está concluída a votação. Designo escrutinadores para a Comissão de Finanças os Srs. Deputados Folhadela de Oliveira e Albano de Magalhães e para a Comissão de Economia os Srs. Deputados Borges de Araújo e Arlindo Soares.
Procedeu-se ao escrutínio.
O Sr. Presidente: - Está concluído o escrutínio.
Para a Comissão de Finanças entraram 103 listas na urna. Foram eleitos com 108 votos os Srs. Deputados Alberto Henriques de Araújo, Artur Águedo de Oliveira, Joaquim de Jesus Santos. Joaquim José Nunes de Oliveira e Manuel Marques Teixeira; foram eleitos com 102 votos nu Srs. Deputados António Furtado dos Santos, António Manuel Gonçalves Rapazote. Armando Cândido de Medeiros. Duarte Pinto de Carvalho Freitas do Amaral, José Guilherme Rato de Melo e Castro e José Janeiro Neves.
Para a Comissão de Economia entraram na uma 102 listas. Foram eleitos com 102 votos os Srs. Deputados António Calheiros Lopes, António Dias Ferrão Castelo Branco, António Júlio de Castro Fernandes, André Francisco Navarro, Armando Acácio de Sousa Magalhães, Armando José Perdigão, Francisco José Roseta Fina, João Ubach Chaves, José Dias de Araújo Correia, José de Mira Nunes Mexia. Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo, Manuel João Cutileiro Ferreira, Rui Manuel da Silva