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1140 I SÉRIE - NÚMERO 34

Vozes do PSD: - Isso não é verdade!

O Orador: - E mais: por que 6 que o senhor só vai buscar directores-gerais para a Direcção-Geral das Florestas à PORTUCEL ou à SOPORCEL? Mas pergunto-lhe mais: por que é que todos os canais de informação funcionam no grupo do Sr. Eng.º Álvaro Barreto? E até lhe digo mais isto: por exemplo, o Dr. Celeste saiu da PORTUCEL para ir para lá o seu colega das florestas. E sabe quem é que o foi avisar de que ele ia sair?

O Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação: - Não, não sei...!

O Orador: - Então, eu digo-lhe: foi o Sr. Eng.º Álvaro Barreto e não V. Ex.ª, Sr. Secretário de Estado, ou sequer o Sr. Ministro!...
Mas agora ouça o resto, Sr. Secretário de Estado: como todos sabemos, presumo, o eucalipto vai ter poucos anos de vida em Portugal e nós precisávamos de ter uma indústria do papel... Aliás, denunciei aqui que o grupo Stora ia comprar os 42 % da SOPORCEL. Já estão comprados! E, agora, fizeram outra boa: mandaram um comunicado dizendo que, como o Governo recuou, já não vão comprar os 30 % da PORTUCEL!... No entanto, sabe-se que já foram encetadas diligências para a constituição de uma empresa que fique com esses mesmos 30 %!...
Sr. Secretário de Estado, quando V. Ex.ª me convencer de que tudo isto são coincidências, de que não se trata de uma política de grupo e de que não são os senhores que estão a aggiornar um grupo que tem interesses que são contraditórios com os grandes interesses nacionais, nessa altura... Talvez o senhor seja muito ingénuo e eu já tenha mais cabelos brancos, mas já não vai conseguir convencer-me.

Aplausos do PS.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito?

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Para fazer uma interpelação à Mesa.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Lino de Carvalho, como o PCP ainda dispõe de tempo, V. Ex.ª fará o favor de fazer uma intervenção e dar esse esclarecimento.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, não vou dar qualquer esclarecimento; vou fazer uma interpelação à Mesa.

O Sr. Presidente: - Mas só pode fazer uma interpelação em termos da condução dos trabalhos.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Exacto, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então, faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Quero dizer à Mesa que nós estamos a debater dois projectos que nos parecem, independentemente das divergências de opiniões, de grande importância para o País e, portanto, entendemos que o debate se deve centrar nas questões que estão em discussão, que são a defesa e o ordenamento da floresta.

O Sr. Presidente: - Muito bem, Sr. Deputado. Os três projectos de lei que estão em debate são aqueles que são do conhecimento dos Srs. Deputados.
Sr. Deputado José Silva Marques, V. Ex.ª pede a palavra para que efeito?

O Sr. José Silva Marques (PSD): - Para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. José Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, o Regimento e as boas maneiras cívicas obrigam o Presidente a interromper os deputados, quando eles usam de linguagem inadequada relativamente aos seus colegas. O Regimento não fala, no entanto, do caso em que um deputado dirige aos seus colegas insinuações torpes, mas presumo que esse caso se configura no anterior.
V. Ex.ª não chamou a atenção do Sr. Deputado António Campos quando ele dirigiu inaceitáveis e inacreditáveis insinuações aos membros do Governo e do meu grupo parlamentar, tão graves insinuações que nós, por mero e elementar pudor, jamais dirigiríamos a qualquer adversário político nosso...

Risos do PS.

Srs. Deputados, os que riem corroboram o acto que o Sr. Deputado António Campos acabou de cometer e só admito que o tenha feito por mera inadvertência cívica, porque não posso acreditar que um deputado ouse dirigir tão graves acusações seja a quem for sem imediatamente anunciar que suspende o seu mandato e se dispõe a fazer prova das afirmações que acabou de fazer.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado José Silva Marques, aproveitando a parte útil da sua interpelação à Mesa, quero dizer-lhe que não tenho opinião porque, como sabe, embora o sistema de som da nossa sala tenha sido muito melhorado, a verdade é que, por vezes, o ruído que nela se faz sentir prejudica o pleno acompanhamento por parte da Mesa dos debates. Por isso, a Mesa não se pode pronunciar e não chamou, na altura em que o Sr. Deputado pensa que o devia ter feito, a atenção desse ou de outros Srs. Deputados que possam ter usado de uma linguagem menos própria.
No entanto, como o debate vai prosseguir, com certeza que os Srs. Deputados terão possibilidades de voltar a estabelecer o ambiente propício, de modo a que os nossos trabalhos prossigam.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Narana Coissoró.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em primeiro lugar, quero agradecer aos Sr. Secretário de Estado e ao Sr. Deputado João Silva Maçãs por me terem cedido a precedência no uso da palavra, pois só quero justificar o nosso voto e não entrar nesta luta de zangãos, abelhas, flores e campos...!

Risos gerais.

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