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1420 I SÉRIE-NÚMERO 38

têm expressão em relatórios independentes, designadamente do Instituto Nacional de Estatística, relativamente ao crescimento das consultas, querem centros de saúde, quer em hospitais-consultas externas -, ao crescimento em termos do
acesso a determinados meios que são importantes, designadamente no planeamento familiar, ao crescimento em relação ao atendimento dos toxicodependentes e ao crescimento em variadíssimas áreas, que está demonstrado pela avaliação e pelo levantamento feitos por entidades independentes.
Além disso, Sr. Deputado, gostaria de lhe dizer que os serviços de cirurgia ambulatória que já foram criados por este Governo - são 14, em todo o País -, acompanhados do reapetrechamento de muitos dos serviços existentes, contribuem também para a minoração deste problema, deste flagelo que atinge os portugueses e ao qual, ao contrário do que foi afirmado, não sou, evidentemente, indiferente.
Não sei, aliás, que análise permite ao Sr. Deputado Luís Marques Guedes referir a minha desumanidade. Quererá, por certo, actuar de acordo com o que foi aqui claramente desmistificado e que é um ataque permanente à minha pessoa com objectivos claros e determinados!

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Não se vitimize!

A Oradora: - Não me vitimizo, não me sinto ofendida nem vitimizada por isso, pois, estando nestas funções, sabemos que essa é uma consequência de uma forma de fazer política em Portugal, que condeno veementemente e que não
sigo!
Também devo dizer aos Srs. Deputados que está em desenvolvimento um software, uma aplicação especifica para a questão das listas de espera

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Finalmente!

A Oradora: - Não é "finalmente", Sr. Deputado! Infelizmente, nunca tinha sido feito!

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Não havia computadores!

A Oradora: - Havia, havia! Quando cheguei ao meu gabinete, tinha lá um computador! Não tinha era informação alguma! Mas um computador, tinha!

Aplausos do PS.

Também quero dizer-lhe que, relativamente ao programa de auditorias, já aprovado por mim e a levar a cabo pela Inspecção-Geral de Saúde durante o ano de 1999, esta questão das listas de espera será objecto de uma intervenção temática
porque não chega a informação existente, temos de aprovar as vias para identificar a verdadeira dimensão do problema.

Vozes do PS: - Muito bem!

A Oradora: - Quero, igualmente, referir e que fique muito claro - que, quando se pretende dizer que o Serviço Nacional de Saúde é um caos ou que está num caos ou que o transformei num caos...

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Constava-se!

A Oradora: - Foi dito pelo Sr. Deputado Luís Marques Guedes! Como dizia, quero referir que, quando dizem isso, não é a mim que atacam mas, sim, aos 110 000 profissionais de saúde, muitos, com certeza, votantes no partido de V. Ex.a...

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Eles é que têm a culpa, não é?

A Orador: - Não é, não, Sr. Deputado!

Como dizia, muitos desses profissionais de saúde são, com certeza, do partido de V. Ex.ª ou votantes no mesmo e esforçam-se, todos os dias, para fazer com que o Serviço Nacional de Saúde seja eficaz e responda ás solicitações dos cidadãos.

Portanto, tão grave como dizer que está tudo bem - o que nunca fiz -, é dizer que está tudo mal, como os senhores fazem sistematicamente, o que é uma mentira e uma ofensa a quem está nos serviços a trabalhar bem e cada vez melhor!

Aplausos do PS.

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - É ao Governo!

O Sc Luís Marques Guedes (PSD): - Está a "sacudir a água do capote"!

A Oradora: - Depois, e não comentando outras afirmações, gostaria de me dirigir à Sr.ª Deputada Maria José Nogueira Pinto, dizendo que os espanhóis não resolveram o problema das listas de espera, pelo que não sei onde foi "bebem essa informação. Os espanhóis envolveram-se parcialmente num programa da Europa comunitária - o Programa HOPE -, em relação ao qual identificaram duas patologias e nessas, sim, fizeram uma intervenção dirigida para tentar reduzir os tempos de espera e devo dizer-lhe que os tempos de espera que eles definiram como clinicamente aceitáveis são bastante mais dilatados do que os nossos.
Neste programa para redução das listas de espera no âmbito da União Europeia, intervieram muitos outros países, nomeadamente nórdicos, que têm sistemas de saúde bastante mais fortes e sólidos, em termos da resposta que conseguem dar, do que outros sistemas de saúde europeus.
Isto só para dizer que o problema das listas de espera deve ser gerido adequada, humana e cientificamente, com base em critérios claros, muito definidos e que não criem falsas expectativas nas pessoas. Foi isso que eu disse, e mantenho-o, e é assim que considero que se deve explicar aos portugueses a verdadeira dimensão do problema e o que se faz para o atenuar e, progressivamente, evitar a situação confrangedora e inaceitável de tempos de espera dilatados como os que afectam muitos portugueses.

O Sr. Nelson Baltazar (PS): - Muito bem!

A Oradora: - Quero também referir que nunca esperaria ouvir dizer, por parte do PP, que tem tido uma posição de defesa intransigente de Portugal e de Portugal afirmando-se como país autónomo que não deve sequer ser "beliscado" na sua soberania pela União Europeia, que seria bom que viesse

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