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3380 I SÉRIE-NÚMERO 94

É necessário, também, uma Europa economicamente mais forte e mais competitiva. O euro, de resto, por um lado, propícia e, por outro lado, reclama a adopção de políticas económicas mais integradas. Nós não nos resignamos a uma União Europeia que seja apenas um espaço aberto à liberdade comercial, nós querermos uma verdadeira unido económica e estamos convencidos que o passo que se deu no sentido da adopção da moeda única vai inevitavelmente conduzir à adopção de outras medidas que levarão à concretização desse objectivo
Mas também queremos uma Europa social, por que é isso que verdadeiramente distingue o modelo europeu de outros modelos existentes noutras zonas do globo,

O Sr Presidente: - - Agradeço que termine, Sr. Deputado.

O Orador - Termino já, Sr Presidente.
Por isso, saudamos todas as iniciativas que tem vindo a ser levadas a cabo, com o intuito de fazer do objectivo da criação de emprego um dos desideratos fundamentais no processo de construção da Europa.
Temos, Sr. Presidente e Srs Deputados, a noção de que a Europa se faz no pluralismo, na diversidade e na tolerância. A Europa nunca se fez com base no unanimismo, na exclusão e no sectarismo. Todos somos necessários!
Por fim, quero saudar todos os Srs. Deputados eleitos para o Parlamento Europeu Todos serão necessários e todos fazemos parte de importantes famílias políticas europeias que no passado deram um contributo sério para que se dessem os avanços necessários rumo à construção da Europa do futuro.
Nós, socialistas, esperamos o futuro com esperança. Felizmente, verificamos que grande parte do sociedade portuguesa compartilha esta nossa esperança no futuro de Portugal e no futuro da Europa.

O Sr. Presidente - Também para proferir uma declaração política, tem a palavra o Sr Deputado Sílvio Rui Cervan.

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP) - Sr Presidente, Srs Deputados: Ao analisarmos os resultados das eleições europeias de domingo passado, cabe-me, antes de mais e em nome da minha bancada, felicitar o Partido Socialista, que venceu essas mesmas eleições

Vozes do PS -Ah!

O Orador - A vitória do Dr. Soares pode ter sido exígua face as expectativas, mas não deixou de ser expressiva e clara.

Vozes do PS - Muito bem!

O Orador - Felicito também todos os novos Deputados eleitos em Portugal para o Parlamento Europeu, dirigindo uma palavra de especial felicitação uns membros desta Câmara que exercerão essas, funções.

Vaus do PS: - Muito bem!

O Orador - Fazemos votos para que os 25 Deputados portugueses defendam os interesses de Portugal, tomado aproximar os portugueses dessa realidade que, por vezes, lhes parece demasiado distante. Só esta aproximação possibilitará, de futuro, uma redução da abstenção, um aumento da identificação dos eleitores com os eleitos e com esta instituição onde exercem o seu mandato.
Estes resultados são o desmentido da utopia federal e a confirmação da existência de vários povos na Europa, que se quer de paz e de prosperidade, mas também da inexistência de um povo europeu.
A abstenção foi, mesmo assim, bastante elevada, cabendo aos novos Deputados europeus, a partir do dia em que tomarem posse, lutar por uma diminuição da abstenção em futuras eleições.
Como já referi, estas eleições tiveram um vencedor, o partido que obteve mais votos e mais mandatos, mas tiveram também outros indicadores que interessa analisar.
No que diz respeito ao CDS-PP, estamos conscientes do resultado que tivemos, Sabemos a evolução que representa em relação ao último acto eleitoral equivalente, mas principalmente ao último acto eleitoral a que o CDS-PP concorreu, que foram as eleições autárquicas de 1997.
Sabemos a base eleitoral de partida, sabemos também quantos queriam a nossa extinção, sabemos quantos vaticinaram o nosso fim e sabemos também que mesmo as melhores sondagens ficaram imensamente distantes da realidade.
Tivemos os votos que os portugueses entenderam confiar-nos, mas não podemos ignorar a forma como foram influenciados em relação ao voto no Partido Popular.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: O que durante a campanha eleitoral vimos, ouvimos e lemos, não podemos agora ignorar, ou seja, não podemos ignorar o que se disse e se escreveu sobre o CDS-PP e o seu líder, que era simultaneamente o seu cabeça-de-lista nestas eleições.
O CDS-PP foi acompanhado por uma onda de comentários, opiniões e sondagens que anunciavam o fim e retractavam a campanha como uma «morte lenta».
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Cito agora, para deleite de VV. Ex.ªs, alguma síntese dessas «pérolas» que nos acompanharam durante toda a campanha eleitoral e tentaram intoxicar os eleitores. O Jornal Público, de 31 de Maio de 1999. refere o seguinte: «Paulo Portas e a caricatura do político, a máquina de debitar 'sound-bytes' sem pestanejar, o antigo jornalista de frases sonoras ensaiadas e de dedo espetado. É tão artificial como a plasticina e tão superficial como mais uma sessão do 'Mundo VIP'», o Diário de Notícias, de 1 de Junho de 1999, refere «o que o que está em pior posição é Paulo Portas A campanha já não vai mudar nada, o seu destino está traçado. Na noite do dia 13 de Junho saber-se-á, mas tem uma de três hipóteses: com menos de 5%, terá de sair de imediato, mas pouco mais também não chega para se aguentar. A terceira hipótese é um milagre».
Segundo a opinião de Vasco Graça Moura, apresentada no Diário de Notícias, no dia 10 de Maio de 1999: «O Partido Popular não vai eleger ninguém»! Lapidar...
Houve também sondagens que não passariam em nenhum controlo de qualidade, caso os houvesse: em 2 de Junho, um

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