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17 DE JUNHO DE 1999 3381

semanário dava ao CDS-PP - e devo agradecer porque esta foi a melhor de todas - 5,6%, com o seguinte título: «PP consegue eleger Portas». Obrigadinho!

Risos do PS.

No dia 5 do mesmo mês, o Expresso dava-nos 4,8%, conseguindo levantar dos 2,8% e a SIC 3,2%, conseguindo levantar dos 2,8%.

Risos do PS.

Estávamos todos eufóricos com os resultados!
«Há um desastre eleitoral no horizonte do PP», perpassou em todas as notícias de todos os jornais, de todas as rádios, de todas as estações de televisão!
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estas sondagens foram, na altura, uma novidade porque, apesar de tudo, ainda foram do melhor que conseguimos.
Nos últimos dias de campanha, as profecias da desgraça intensificaram-se e então os títulos eram, no Semanário do dia 9 de Junho de 1999: «Paulo Portas tenta desesperadamente lutar para ser eleito»; o Expresso do dia 11 de Junho de 1999 refere: «Esta campanha foi uma espécie de odisseia de um homem só contra tudo e contra todos. Deixa a imagem de um lutador à beira do fim» e uma colunista do Expresso refere: «Assim foi a campanha do PP, desespero e bacalhau a pataco».
Para terminar, houve comentários mais elaborados, cada um com o seu estilo característico. Temos o estilo académico do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que dizia: «O PP tenta chegar à positiva. Está nestas eleições com um discurso impossível e conseguirá na melhor das hipóteses eleger o seu líder, ou então um comentário mais sarcástico do Victor Cunha, no Euro-Notícias: «As notícias da sua morte política a 13 de Junho têm sido amplamente teorizadas, mas tentemos ser sóbrios: são notícias algo exageradas. Paulo Portas merece, por agora, um muito mau resultado». E, por último, um estilo mais shakespeariano, citado no Diário de Notícias do dia 11 de Junho de 1999: «Paulo Portas será ou não eleito? Esta é uma das dúvidas de domingo».
Sr. Presidente e Srs. Deputados: Não nos servimos destes «enganos» para justificar absolutamente nada, mas não podemos deixar de os lembrar numa altura de balanço.
Como disse Abraham Lincoln: «Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podereis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo, mas não vos será possível enganar sempre toda a gente».
A partir destas eleições, estão em causa 8,2% de portugueses que não se deixaram enganar, que acreditaram e votaram no CDS-PP. Estes não podem ser desrespeitados e ofendidos pelo uso que fizeram da sua liberdade de voto. Muitos foram, ainda, iludidos pelo clima de «pré-Titanic» que foi lançado sobre o partido e hoje muitos lamentam-se de não ter votado CDS-PP, julgando-o morto, mas esses não serão enganados segunda vez.
O CDS-PP apresentou-se aos portugueses, cara a cara, nome a nome, sentimento a sentimento.
O CDS-PP viu, conheceu e sentiu os portugueses, porque eles não são zombies, números ou apáticos. Os portugueses existem, têm nome e sentem o que é a sua vida.
Os portugueses conhecem hoje o CDS-PP, não da televisão, não dos cartazes ou dos autocolantes, mas do seu dia-a-dia. Os portugueses conhecem o Partido Popular porque o Partido Popular esteve com eles.
O CDS-PP apresentou ideias e ouviu relatos de experiências de vida.
Os portugueses que votaram no CDS-PP não votaram num partido de protesto, votaram num partido de propostas. Os portugueses que votaram no CDS-PP não votaram contra a Europa, votaram pela manutenção do potencial de Portugal. Os portugueses não votaram pela convergência nominal, votaram a favor da convergência real. Os portugueses que votaram no CDS-PP votaram a favor da Europa mas sobretudo a favor de Portugal.
O CDS-PP assume a responsabilidade de concorrer às próximas eleições legislativas com o objectivo de equilibrar o poder e, assim, poder exigir as reformas que os portugueses pedem.

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Há cada vez mais portugueses que sabem que é no CDS-PP que reside a vontade capaz de aumentar o seu capital de esperança num futuro melhor.
Tal como um enorme número de portugueses, não nos resignamos, porque - e termino citando Charles de Gaulle - «O fim da esperança é o princípio da morte».

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Informo os Srs. Deputados que temos a assistir aos nossos trabalhos um grupo de 50 alunos da Escola do 1.º Ciclo do E.B. n.º 2 do Laranjeira e um grupo de 32 alunos do Externato O Poeta, de Lisboa.
Uma saudação carinhosa para todos eles.

Aplausos gerais, de pé.

Também para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado António Capucho.

O Sr. António Capucho (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: No rescaldo das eleições de domingo passado, subo a esta tribuna não apenas para fazer um balanço dos resultados mas antes para tentar dar um contributo sério para o debate sobre as respectivas consequências políticas.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Já não era sem tempo!

O Orador: -Naturalmente, começo por reiterar as felicitações já transmitidas pelo meu partido ao Partido Socialista e ao Dr. Mário Soares pela vitória obtida nas umas,...

Vozes do PS: -Ah!

O Orador: -.. .bem como para reafirmar as nossas cordiais saudações e votos de sucesso e de bom trabalho a todos os 25 Deputados eleitos.

O Sr. Luís Marques Mendes (PSD): - Muito bem!

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