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olhar para eles durante quatro anos à espera de que a obra se faça sozinha!
Assim, o que temos é um fenómeno extraordinário: enquanto no comboio da ponte 25 de Abril o Governo teve a obra pronta e não encomendou os comboios - e por isso atrasou de um ano -, neste caso teve comboios mas não teve linha, ou seja, num caso tinha comboios e não tinha linha e no outro caso tem linha mas não tem comboios!
Fazer uma gestão destas e, ainda por cima, orgulhar-se disso, fazendo propaganda eleitoral com uma viagem inaugural do comboio pendular a andar à velocidade dos outros, para mim, é, de facto, extraordinário!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para dar explicações, se assim o entender, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel dos Santos.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Sr. Presidente, há momentos na vida que, efectivamente, mais vale estar calado.

Risos do PSD.

Quero dizer ao Sr. Deputado Ferreira do Amaral que só conheço um escândalo na área das obras públicas: aquele que foi denunciado há meia dúzia de dias pelo Tribunal de Contas e que tem a ver com as irregularidades encontradas na JAE durante a maior parte dos anos em que ele a tutelou.

Aplausos do PS.

Esse é que é o verdadeiro escândalo, aquele que esta Assembleia e os poderes políticos têm de esclarecer até às últimas consequências.

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - Acho bem!

O Orador: - Sr. Presidente, só há uma maneira de resolver este problema: requeiro, em nome da bancada do Partido Socialista, que V. Ex.ª solicite ao Ministério do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território todos os relatórios que estão feitos, nomeadamente o relatório do INETI, sobre a questão dos comboios pendulares, e que com a rapidez possível os distribua por todos os Srs. Deputados.
De resto, não perderemos pela demora, porque o Sr. Deputado Ferreira do Amaral vai ter de responder a estas questões, brevemente, na 4.ª Comissão. V. Ex.ª sabe muito bem que foi aprovada uma audição em que será ouvido e que em breve, na 4.ª Comissão, vai ter de responder sobre estas questões.
Para terminar, devo dizer que, naturalmente, não o quis ofender pessoalmente, mas, do ponto de vista político, mantenho exactamente tudo aquilo que afirmei na intervenção anterior.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, agradeço-lhe que formule por escrito o seu pedido ao Governo, pedido que será imediatamente endereçado ao seu destino.
Lembro aos Srs. Deputados que decorre na Sala D. Maria a eleição de um membro para o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais. Peço aos Srs. Deputados que não deixem de cumprir o vosso dever de ir votar, já que é necessário que completemos o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais.
Para tratar de um assunto de interesse político relevante, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Marta.

O Sr. Carlos Marta (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estamos no final do mandato de quatro anos conferido pelos portugueses ao Governo Socialista do Engenheiro Guterres. E o tempo, pois, e a oportunidade de fazer o balanço, de confrontar os socialistas com o que prometeram e com o que fizeram. É, pois, o momento certo de avaliar o trabalho realizado e os resultados das promessas efectuadas ao eleitorado. É, pois, a oportunidade de confrontar os socialistas com as suas palavras, com os seus actos, mas, sobretudo, com as obras e projectos que não foram capazes de concretizar.
É, igualmente, o momento e a oportunidade de transmitir a profunda desilusão, o cair de expectativas e a frustração de todos quanto à capacidade de realização e execução do Governo socialista do Engenheiro Guterres. É, finalmente, tempo de saber onde estão os milhões sucessivamente anunciados pelo Governo e pelos Deputados socialistas eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu.
O Sr. Deputado José Junqueiro foi, aliás, persistente, pois todos os anos, quando da aprovação do Orçamento do Estado nesta Casa, anunciava com pompa e circunstância na comunicação social distrital os milhões que iriam para o distrito de Viseu. Só que, Sr. Presidente e Srs. Deputados, os tais milhões sucessivamente anunciados nunca mais chegam ao distrito. Ficaram apenas e só no papel, nas intenções, nos diferentes ministérios, para projectos, estudos, mais projectos e mais estudos. Passaram ao lado e, passados que são quatro anos de governação socialista, ainda agora continuam a falar e a anunciar os mesmos milhões. Já chega de tanta demagogia!
É por isso que este Governo tem de ser duramente penalizado. Prometeram tudo, prometeram muito e não cumpriram. Temos, agora, uma mão cheia de nada.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Governo socialista do Engenheiro Guterres esqueceu-se completamente do distrito de Viseu. Durante os últimos quatro anos, limitaram-se a «bombardear» as populações com promessas e mais promessas e com investimentos que nunca mais se fazem. Pretendem agora, como era previsível, dar a ideia de obra feita, de obra realizada. A realidade é, no entanto, bem diferente.
Depois de tudo o que disseram e prometeram em 1995, esperar-se-ia um forte e significativo investimento no nosso distrito. Pelo contrário, temos hoje menos investimentos, menos aposta nas pessoas, menor competência, muito mais clientelismo e cada vez mais «cartão rosa» - não há um único cargo no distrito que não esteja ocupado por dirigentes, simpatizantes ou militantes socialistas - e, finalmente, atrasos significativos em obras fundamentais.
É por isso que este é o momento adequado para denunciar o que o PS prometeu fazer nestes quatro anos e não foi capaz de cumprir. Todas, mas todas, as mais significativas promessas de mudança apresentadas em 1995 pelos socialistas estão por cumprir.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): - Muito bem!

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