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0473 | I Série - Número 13 | 20 de Outubro de 2000

 

o apoio à alta competição e à preparação atempada para os Jogos Olímpicos».
Na prática, os resultados de relevo limitaram-se a duas medalhas de bronze e o Governo ficou-se pelas intenções.
Serão quatro anos suficientes para uma preparação atempada, quando assistimos a países com projectos de preparação de 12 a 16 anos?
É, sem dúvida, relevante o facto de a fundação do desporto incluir, no seu programa de actividades, um projecto de apoio às carreiras desportivas e escolares de atletas que sejam considerados «esperanças olímpicas», com vista aos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
No entanto, mais uma vez, estamos a fazer projectos a quatro anos!
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, não podemos pensar que os resultados aparecem só por si.
Para finalizar, permitam-me que diga que é fundamental a aposta no desporto escolar. Não se pode descurar a falta de pavilhões gimnodesportivos nas escolas, porque, de facto, é aí que começa!

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hermínio Loureiro.

O Sr. Hermínio Loureiro (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Ao analisarmos a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Sidney, e sem prejuízo do esforço da generalidade dos atletas participantes e de algumas excelentes prestações, importa reconhecer que os resultados obtidos ficam aquém das expectativas.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Não queremos deixar de evidenciar o empenho dos atletas, dos treinadores, dos dirigentes e das respectivas federações que representaram Portugal nos Jogos Olímpicos de Sidney.
Saudamos de forma particular a Fernanda Ribeiro e o Nuno Delgado.
Reconhecemos o esforço, o empenho e a dedicação de todos. Sabemos das inúmeras horas de treino e de sacrifício antes e durante os jogos e sabemos que tudo fizeram para honrar o nome de Portugal.
Agora, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, este voto apresentado pelo Partido Socialista é, desculpem-me o termo, uma pura hipocrisia!

O Sr. António Capucho (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Ele serve para tentar branquear a ausência de uma política desportiva do Governo socialista.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Este voto é a confissão clara e inequívoca que muito pouco ou quase nada foi feito nos últimos cinco anos!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Queremos perceber porque é que existe um atraso cada vez maior em relação a países que nos estão próximos ou que têm uma dimensão semelhante à nossa!
É preciso incutir cultura e espírito de ambição ao desporto português, pois ele é, hoje em dia, um meio de formação e lazer, mas é também um meio de competição onde os Estados projectam a sua imagem internacional.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: «Os resultados de Portugal nos Jogos Olímpicos de Sidney foram maus, mas se não mudar muita coisa, em Atenas serão iguais ou piores». Quem disse isto foi o ex-Ministro das Finanças do Governo socialista, Prof. Sousa Franco, mas ele ainda acrescentou mais: «É preciso analisar o que falta na política de desporto que temos, ou não temos»!
Queremos olhar para o desporto português com seriedade! Dizer sim a este voto seria passar uma esponja sobre a realidade e pactuar com os muitos erros que o Governo socialista tem feito no desporto português! Por nós não o fazemos! A nossa opção desportiva é outra e está para além de um mero voto! O que queremos é uma outra política, uma outra ambição desportiva, uma nova cultura desportiva! Enfim, uma mentalidade desportiva para o século XXI!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Encarnação.
Antes de iniciar a intervenção, informo-o de que dispõe de 1 minuto e 20 segundos para o efeito.

O Sr. Carlos Encarnação (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, tentarei dizer o que penso acerca destes dos votos n.os 91 e 93/VIII dentro do tempo de que disponho.
Em relação ao voto n.º 93/VIII, da autoria do PCP, é fácil dizer algo, porque o próprio intróito do voto é explicativo. No fundo, trata-se de um manifesto descontentamento popular com o regime de Slovodan Milosevic, apesar do que foi dito antes.
Isto significa que o regime de Milosevic não era propriamente agradável e simpático; antes pelo contrário, era um regime que continha em si mesmo dois tipos de política: uma política interna, que era opressiva e manipuladora, e uma política externa, que era geradora de conflitos, agressiva e que produziu sucessivos e trágicos conflitos, quer na Bósnia, quer na Croácia, quer na Eslovénia, quer no Kosovo.
De facto, o que aconteceu depois foi que a história das eleições jugoslavas e da tentativa de viciação dos seus resultados - embora apreciada, na altura, pelo Sr. Deputado António Filipe - acabou por fazer com que a revolução acontecesse, e bem. E esta aconteceu para instituir um regime democrático. E hoje, se bem que a questão jugoslava não esteja totalmente resolvida, há pelo menos um princípio de que o povo jugoslavo elegeu o seu intérprete democrático e é esse intérprete democrático que tratará da questão jugoslava com a comunidade internacional.
Dito isto, apenas queremos …

O Sr. Presidente: - Terminou o seu tempo, Sr. Deputado.

O Orador: - … endereçar ao povo jugoslavo, ou sérvio, como entenderem, o nosso desejo de que as privações e as provações de que foram objecto, em função de um regime como aquele que esteve à sua frente, acabem e de que se faça a paz no Kosovo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

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