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dade, que nos aconteceu, porque, como o Sr. Deputado sabe, sou daquela região e a família da minha mãe vive em Santo Varão, que foi um das freguesias mais prejudicadas por esta cheia.
Creio, no entanto, por conhecimento próprio, que as ajudas estão a ser dadas equitativamente,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - E as responsabilidades!

A Oradora: - … tal como os senhores pedem, e os danos estão a ser reparados, e não me parece curial estar-se a pedir uma coisa que já está a ser distribuída.
As opções do Governo estão a ser bem orientadas, quanto a mim. Ainda hoje tive conhecimento de que os agricultores vão ter resposta positiva para o sistema de rega nos primeiros dias de Abril, embora com algumas condicionantes, mas, a partir do dia 20 do mesmo mês, o sistema de rega será reposto por inteiro. Suponho que, neste momento, não há razões objectivas de queixa.
Dado que, no projecto de resolução n.º 107/VIII, apresentado pelo PSD, se verifica, desde logo, uma confusão de propósitos, uma vez que recomenda um inquérito, a promover pelo Governo, e, na exposição de motivos, reclamam igualmente um inquérito parlamentar, a minha pergunta é a seguinte: qual é o inquérito que privilegiam?

A Sr.ª Maria Celeste Cardona (CDS-PP): - Os dois!

A Oradora: - O do Governo ou o parlamentar? É que, neste último caso, o mesmo deve ser autonomizado em instrumento próprio.

O Sr. Presidente: - Peço que termine, Sr.ª Deputada.

A Oradora: - Estou a terminar, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem de terminar, Sr.ª Deputada.

A Oradora: - Será que o vosso objectivo é que os beneficiários, que têm expectativas de receber rapidamente os seguros, tenham de esperar até à conclusão do inquérito?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Pereira Coelho.

O Sr. Paulo Pereira Coelho ( PSD): - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Teresa Coimbra, agradeço imenso as questões que me colocou, mas quero, desde já, lembrar-lhe o seguinte: se hoje estamos a discutir esta questão das cheias do baixo Mondego é porque nós trouxemos este assunto aqui a debate, e não o Partido Socialista,…

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Convém lembrar! Convém lembrar!

O Orador: - … que, pelo contrário, tudo tem feito para rapidamente esquecer esse pesadelo ou essa má consciência.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Convém lembrar!

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, agradeço que façam silêncio.

O Orador: - Por isso, se a Sr.ª Deputada, que muito prezo, teve oportunidade de dizer o que entendeu por bem, fê-lo porque nós o privilegiámos, porque, de outra maneira, a Sr.ª Deputada não poderia fazê-lo. Essa é que é a questão!
Quanto aos tais dividendos político-partidários, devo dizer-lhe que a conheci sempre como uma pessoa que ama a liberdade, uma pessoa que, em qualquer circunstância, pelo menos na terra que bem conhecemos, é tida como não estando tão presa a essas grilhetas partidárias, que, normalmente, gosta de falar pela sua consciência, mas notei que trazia um papel muito bem escrito, que alguém, naturalmente, lhe deve ter propiciado para, com algum rigor,…

A Sr.ª Maria Teresa Coimbra (PS): - Sr. Deputado, essa ofensa eu não lhe permito!

O Orador: - A Sr.ª Deputada observou, como nós, que acompanhámos a Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas por aqueles campos, a tristeza que por ali vai; acompanhou, como nós, a indignação que a maioria das pessoas que pudemos contactar sentia em relação às ditas ajudas de que a Sr.ª Deputada, há pouco, falou: primeiro, porque ainda não tinham aparecido; segundo, porque são escassas; e, terceiro, porque são injustas.
Sr.ª Deputada, o que queremos, pura e simplesmente, é que se proceda a um inquérito, para sabermos, de facto, o que se passou e quem tem responsabilidades. É que, apuradas as responsabilidades do Estado, então não se trata de meras ajudas circunstanciais de uma intempérie, trata-se, sim, de assumir responsabilidades, indemnizando quem deve ser indemnizado. É isso que está em causa, Sr.ª Deputada, não são interesses partidários. Se a senhora e o seu partido, quando acontece algo deste género, querem reduzir a nossa capacidade de intervenção a meras questiúnculas político-partidárias, então estão a ter uma atitude autista, estão a ter uma atitude de desprezo total pelos reais interesses das populações que em vós confiaram porque em vós votaram maioritariamente nas últimas eleições legislativas. Lamento que isso aconteça e, mais, que a Sr.ª Deputada, a quem sempre me habituei a respeitar, não tenha aqui juntado a sua voz à minha para lamentar a situação que se regista neste momento no Baixo Mondego.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Manuel dos Santos pediu a palavra para que efeito?

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Sr. Presidente, é manifesto que a Sr.ª Deputada Teresa Coimbra foi agredida de forma incorrecta, pelo que, em nome da bancada do PS, queria usar do direito de defesa da consideração da bancada.

O Sr. Presidente: - Da bancada?

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Exactamente, Sr. Presidente. Não quero dizer que a Sr.ª Deputada Teresa Coimbra não seja capaz de o fazer, mas, como V. Ex.ª sabe, regimentalmente não pode.

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