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0048 | I Série - Número 02 | 21 de Setembro de 2001

 

da boa sorte que também precisa, os melhores êxitos no exercício do seu novo cargo.
As minhas felicitações e o meu abraço.
Para uma intervenção para tratamento de assunto de interesse político relevante, tem a palavra o Sr. Deputado José António Silva.

O Sr. José António Silva (PSD): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Venho hoje, a esta tribuna, falar do distrito de Leiria, um distrito esquecido pelo Governo do Partido Socialista.
Leiria é um distrito de gente empreendedora, de gente de trabalho. A sociedade civil forte e actuante, com criatividade e inovação, é geradora de riqueza e criadora de postos de trabalho. Encontra, depois, um governo fraco, burocrata, gastador e politicamente incompetente que não acompanha o ritmo e a evolução dos sectores mais dinâmicos da sociedade civil. Um governo que nada tem feito, não por falta de tempo, pois é governo ou desgoverno há seis anos, não por desconhecer as principais prioridades e necessidades do distrito, não por não ter prometido (se têm dúvidas perguntem ao Ministro Ferro Rodrigues, cabeça de lista do PS nas últimas eleições legislativas) mas, antes, por estarmos perante um governo inoperante, mais virado para dentro de si próprio do que interessado em responder aos reais problemas da população.
A população do distrito de Leiria tem razões mais do que suficientes para não confiar no Governo do Partido Socialista. Em Leiria, o crescimento deve-se ao espírito empreendedor dos agentes económicos, à sua capacidade de trabalho e risco. E qual é o contributo e a ajuda deste Governo? Zero! Pelo contrário, os leirienses em geral e os agentes económicos em particular têm sido duramente castigados nos últimos cinco anos e meio de governação do Partido Socialista. Senão vejamos: onde estão concretizadas, e mesmo em alguns casos iniciadas, as obras prometidas durante a campanha eleitoral no que concerne à rede equilibrada e complementar de infra-estruturas de transporte e comunicações?
A A8, que devia ligar Caldas da Rainha à Figueira da Foz, já deveria estar concluída; não só não está, como não há data prevista para a sua conclusão. Mesmo o troço Caldas da Rainha/Marinha Grande está com um atraso superior a 12 meses em relação à data prevista para a sua conclusão.
Por outro lado, quando estiver concluído este troço e a ligação da Marinha Grande a Leiria, despejando - é o termo - todo o trânsito na já intransitável antiga estrada nacional n.º 1, agora IC2, obrigando os automobilistas a atravessar Leiria, aumentando a confusão e o mal-estar entre os seus utilizadores, nessa altura, talvez o actual Ministro do Equipamento Social se lembre da promessa que fez durante a campanha eleitoral para as legislativas, referente à construção do IC36, que ligaria a A1 à A8 e que deveria estar concluída em simultâneo, com a chegada da A8 a Leiria. Ora, esta ligação não só não está concluída, como ainda não passou do papel, não se sabendo mesmo quando será posta a concurso.
Mas as promessas não cumpridas deste Governo não se ficam por aqui, senão vejamos: para quando a duplicação das faixas do IC2, com passagens desniveladas? O início da variante da Batalha? O troço do IP6, com ligação de Peniche a Caldas da Rainha? O IC9, de Nazaré e Tomar? A circular externa de Pombal? O IC8, com ligação de Pombal à Figueira da Foz? A variante de Alcobaça? Isto para não falar de muitas outras.
Agora que tanto falam do TGV - agora já não falam tanto, mas têm falado -, e até já prometeram uma paragem em Leiria, pergunto: para quando está previsto o início das obras de remodelação e modernização da Linha do Oeste? Para quando a conclusão das obras de modernização da Linha do Norte? Ou será que deixou de ser de interesse para o País este meio de transporte intercidades, não só para o transporte de pessoas como também de mercadorias? Uma coisa é certa, deixou de ser prioridade para o Partido Socialista, para este Governo, talvez volte a ser prioridade para o Partido Socialista e até mesmo promessa para as próximas eleições legislativas.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Quanto a acessibilidades estamos esclarecidos.
No que diz respeito à saúde das populações do distrito de Leiria, o que fez o Governo do Partido Socialista nestes seis anos? Encerrou um hospital, o hospital termal de Caldas da Rainha; encerrou vários serviços, nomeadamente o serviço de urgência pediátrica no Hospital Distrital de Pombal; desactivou o serviço de Raios X existente no Centro de Saúde da Marinha Grande, que dava apoio às urgências do SAP; construiu «zero» hospitais e «zero» novos centros de saúde.
Não seria justo da minha parte não referir as inaugurações feitas no consulado do PS. Inauguraram três novos centros de saúde, em Castanheira de Pêra, em Porto de Mós e em Figueiró dos Vinhos, mas estes estavam praticamente concluídos em finais de 1995. Outros, como o de Leiria, o Centro de Saúde Dr. Gorjão Henriques, contemplado em PIDDAC desde 1993, ainda não está concluído, apesar de estar a funcionar precariamente desde o ano passado.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - E o Centro de Saúde de Bombarral, inscrito em PIDDAC desde 1994, que não se sabe quando estará concluído? E o Centro de Saúde de Marrazes, previsto em PIDDAC desde 1999, que nem sequer projecto ainda tem?
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Nunca a saúde no distrito de Leiria esteve tão doente. Sabem porquê, Srs. Deputados? Porque os boys nomeados pelo Partido Socialista para gerir e administrar os serviços de saúde não aceitaram o cargo para servir o próximo, o doente, aqueles que necessitam de recorrer a esses serviços mas, antes, para se servirem deles para seu próprio interesse. E os doentes, como são tratados? Não é o PS e o Governo Socialista que tanto falam em humanização nos serviços de saúde? Vou darvos um exemplo - mais podia dar - de como tudo isto não passa de intenções e de promessas.
O hospital de Leiria foi inaugurado em Abril de 1995. Hoje, nos corredores, homens e mulheres passam dias, por vezes semanas, em macas, lado a lado, sem qualquer privacidade. A poucos metros, existem enfermarias, fechadas a cadeado, com um total de 30 camas, totalmente equipadas e em condições de receber estes doentes. Que bom exemplo de gestão e humanização dos cuidados de saúde! Paciência, tem sido esta a política de saúde do Governo Socialista! Resta-nos a esperança que o agora Ministro da Saúde, Dr. Correia de Campos, que confessou não conhecer o funcionamento dos hospitais, se apresse a visitar Leiria e a confirmar in loco como tudo funciona neste hospital.

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