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0234 | I Série - Número 08 | 04 de Setembro de 2001

 

O Sr. António Braga (PS): - Para fazer uma interpelação à Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Com que fundamento, Sr. Deputado?

O Sr. António Braga (PS): - Uma insinuação que o Sr. Deputado Miguel Macedo deixou ficar sobre a ausência do meu camarada José Barros Moura, que está em serviço…

O Sr. Presidente: - Desculpe, Sr. Deputado, não é matéria da ordem de trabalhos.

O Sr. António Braga (PS): - Sr. Presidente, então, peço a palavra para defesa da honra da minha bancada.

O Sr. Presidente: - Tenho de lha dar, Sr. Deputado, se me disser qual é a matéria ofensiva.

O Sr. António Braga (PS): - Sr. Presidente, por ter sido insinuado que a ausência do meu camarada José Barros Moura, nesta sessão plenária, não seria clara.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Não foi insinuado, foi dito!

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado António Braga.

O Sr. António Braga (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, vou usar esta figura - não tive outra - porque nestes debates devemos ser todos rigorosos e ter, também, um comportamento e uma postura inatacáveis. Ora, o Sr. Deputado Miguel Macedo não foi, desse ponto de vista, correcto, pois quis insinuar que a ausência do Sr. Deputado José Barros Moura neste Plenário não teria razões claras e seria, eventualmente, por motivos mal compreendidos ou incompreensíveis pelo Plenário.
O Sr. Deputado José Barros Moura está em missão da Assembleia da República, em Bruxelas, numa reunião da COSAC.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Estive agora com ele! Como é que ele está na COSAC?!

O Sr. António Braga (PS): - Está a caminho, saiu agora!

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Acalmem-se, Srs. Deputados.
Para dar explicações, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Macedo.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): - Sr. Presidente, também tive oportunidade de ver o Sr. Deputado José Barros Moura, hoje, na Assembleia. Não sei se, entretanto, foi para Bruxelas e apenas me limitei a constatar o facto de o Sr. Deputado José Barros Moura não estar na sala no momento em que estávamos a falar sobre esta matéria, ocorrendo a circunstância do Sr. Deputado José Barros Moura ter sido o Presidente da Comissão de Inquérito da «Fundação PS».
Já agora, gostaria de dizer ao meu amigo António Braga que registo o facto de ter tido a preocupação de salvaguardar a situação do Sr. Deputado José Barros Moura, não tendo tido igual preocupação em desmentir aqui aquilo que eu disse do Sr. Deputado Laurentino Dias, com toda a amizade, ou seja, que ele foi, durante os trabalhos da Comissão de Inquérito para a «Fundação PS», uma espécie de «cutelo da verdade» ao serviço do Partido Socialista.

O Sr. Laurentino Dias (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Laurentino Dias (PS): - Para defesa da honra, talvez, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Qual delas, Sr. Deputado?

Risos.

O Sr. Laurentino Dias (PS): - O Sr. Presidente ouviu como eu, pela segunda vez, a expressão do Sr. Deputado Miguel Macedo, altamente ofensiva, de que eu funcionei como um «cutelo da verdade» nesta Comissão.

O Sr. Presidente: - Faça o favor, Sr. Deputado.

O Sr. Laurentino Dias (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Penso que o Sr. Deputado Miguel Macedo quando disse isso não o sentiu, porque somos amigos, trabalhámos nessa Comissão e ele percebeu o trabalho aturado que eu e ele fizemos na procura da verdade. Isso saiu-lhe, como podia sair a qualquer outro na eminência de perceber que as suas alegações não têm acolhimento. O Sr. Deputado Miguel Macedo está perdoado por ter dito isso.
Lamento que o Sr. Presidente Barros Moura não esteja presente pelas razões que foram aqui ditas, como também lamento que o Sr. Deputado Guilherme Silva, que tanto contribuiu ao longo destes meses para o trabalho desta Comissão de Inquérito, não participasse neste debate, tanto mais que ele tem um bom conhecimento do funcionamento das fundações, como aquela que há pouco referi…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Miguel Macedo, se quiser «embainhar o cutelo», faça favor.

Risos.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): - Sr. Presidente, penso que o facto de dizermos o que dizemos aqui no Plenário não impede que o façamos de uma forma relativamente leve, sobretudo quando há relações pessoais que são evidentes entre nós.
Queria dizer ao Sr. Deputado Laurentino Dias e à Câmara que quando usei a expressão «cutelo da verdade» estava, sobretudo, a pensar de uma forma preventiva - e por razões de segurança - no trabalho que de imediato vou ter de fazer com o Deputado Laurentino Dias para concluirmos o relatório de segurança interna relativo ao ano de 2000. Espero que o Deputado Laurentino Dias, nesse trabalho que vamos ter de fazer conjuntamente para apresentar na próxima quarta-feira, não seja mais uma vez