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4885 | I Série - Número 089 | 20 de Maio de 2004

 

O Orador: - … porque imagina que possamos ter alguma resposta, o que já não lhes interessa.

O Sr. Bruno Dias (PCP): - Já lá vamos!

O Orador: - Eu disse, e repito aqui: as negociações sobre estes casos têm de ser conduzidas da forma que entendemos que possa levar a melhores resultados, e não na praça pública. O que acontece é que, normalmente, quanto maior é a discrição maior é a eficácia, como sabe.
Hoje, posso dar-vos alguma informação suplementar, que, aliás, também já foi dada pelo Sr. Ministro das Obras Públicas, dizendo-vos que estamos a estudar a possibilidade de fazer a ampliação do objecto da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S. A.), que hoje é sobretudo a recuperação ferroviária, também para a construção, aproveitando a capacidade produtiva da Bombardier.
Agora, isto tem de ser feito de forma a criar uma unidade produtiva viável. Não nos interessa resolver o problema dos trabalhadores da Bombardier por seis meses, ou por três ou por quatro, interessa-nos que seja uma unidade produtiva que possa criar e manter o emprego por longos anos. E, por isso, o Sr. Ministro da Obras Públicas está, neste momento, em conjunto com a CP, a preparar uma proposta concreta para apresentar à Bombardier, e não é a expropriação, visto que não podemos ter ilusões sobre os efeitos nefastos que este tipo de operações tem sobre outros investimentos estrangeiros, e nós não queremos escorraçar o investimento estrangeiro do nosso país, queremos atraí-lo.
Portanto, o Sr. Ministro das Obras Públicas está a conduzir este processo da forma equilibrada que se lhe reconhece, tentando construir uma solução que seja de futuro, duradoura e boa para o País e para os trabalhadores da empresa.

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Quando? Daqui por um ano?

O Orador: - Assim, manteremos a Assembleia informada de todos os desenvolvimentos que houver, sempre que haja factos novos, e teremos todo o gosto em fazê-lo.
Sr.ª Deputada Odete Santos, quero dizer-lhe o seguinte: primeiro, não proferi a frase que a Sr.ª Deputada me acusa de ter proferido, eu referi que a oposição, ao dizer mal da obra feita, está a dizer mal de Portugal e dos portugueses.

Vozes do PCP: - Ora aí está!

O Orador: - Não, Sr.ª Deputada! Nós não entendemos por "obra feita" só aquela que foi feita pelo Governo; "obra feita" é toda aquela que foi feita pelo Governo nestes dois anos, pelos trabalhadores e pelos empresários portugueses que resistiram a um período difícil, que apostaram no nosso país e que aqui estão a criar riqueza.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS e do PCP.

Finalmente, Sr.ª Deputada, quero dizer-lhe que partilho totalmente consigo as preocupações sociais que tem.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): - Não parece!

O Orador: - Acredite, e digo-lhe isto com toda a sinceridade.
Reconheço que a Sr.ª Deputada terá as maiores preocupações sociais, mas também lhe digo que não são maiores do que as minhas.
O nosso objectivo para a pobreza é zero. Queremos que o número de pobres seja zero.
Foi este o objectivo que propusemos desde o início da Legislatura; propusemos tornar os portugueses mais ricos, com um nível de riqueza mais parecido com o dos seus concidadãos europeus. A grande diferença entre nós, Sr.ª Deputada, é que nós sabemos qual é o caminho, temos soluções e estamos a pô-las em prática,…

Risos do PS e do PCP.

… enquanto que a senhora não apresenta qualquer solução.

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