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4890 | I Série - Número 089 | 20 de Maio de 2004

 

O Sr. António José Seguro (PS): - A começar pelo Governo!

O Orador: - Não lhes peço nada mais.
Sr. Deputado Eduardo Cabrita, não persista - porque sabe que não é verdade - em atribuir ao fenómeno da liberalização a subida dos preços dos combustíveis.

O Sr. António José Seguro (PS): - Então, porque desceu em Espanha?!

O Orador: - O Sr. Deputado sabe tão bem como eu que isso é simplesmente falso. Tenho comigo os números e se o Sr. Deputado estudasse, saberia que era assim.
Pela última vez lhe digo - ou melhor, ainda lho direi uma vez mais na Comissão de Economia e Finanças: Sr. Deputado, acuse o Governo do que quiser, mas não da responsabilidade da subida dos preços do petróleo nem da subida dos preços dos combustíveis, porque eles teriam subido mais noutras condições e subiram mais em todos os outros países da União Europeia. Sabia, Sr. Deputado? Subiram mais em Espanha do que em Portugal, Sr. Deputado. É isso que lhe interessa!

Protestos do PS.

Srs. Deputados, não iludam a opinião pública! Não estejam a fazer crer aos portugueses que seria possível ter combustíveis mais baratos, porque, fruto da vossa política, hoje isso não é possível.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pinho Cardão.

O Sr. Pinho Cardão (PSD): - Sr. Presidente, a poesia seria mais estimulante, mas temos de ir à economia. Tem de ser!
Sr. Presidente, Srs. Ministros, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados: Como o Sr. Deputado Carlos Carvalhas, pessoa de quem sou conterrâneo, que muito estimo, com quem tenho uma boa e longa amizade e que a política não separa, referiu na intervenção inicial, o Governo do PSD/CDS-PP deveria executar não o seu Programa do Governo mas o programa do Partido Comunista e, em geral, das oposições!…
Seria uma fórmula eficaz, aliás a forma mais simples e expedita, de os partidos da maioria perderem as próximas eleições e rapidamente o PSD chegar à percentagem do PCP, o que não seria muito bom para os portugueses!… Porque é isso, e só isso, o que a oposição parece querer.
Daí a insistência em políticas já gastas e de resultados negativos, propagandeados até à exaustão, como se delas algo de bom pudesse vir para os portugueses!…
O tom pouco cordato utilizado é que não é normal em democracia, só podendo ser explicável pelo nervosismo de uma mais que provável derrota nas próximas eleições!…
Um dos pecados referidos, que não é mais do que um slogan repetido, é o da responsabilidade do Governo pela crise económica associada ao não investimento público.
O raciocínio é o seguinte: é a despesa pública que cria riqueza, que distribui a riqueza e que promove o emprego. O Governo faz contenção orçamental. Conclusão: o Governo fomenta o desemprego e é o responsável pela crise económica.
O grande Estado e o investimento público resolveriam todos os problemas. É outra frase feita - aliás, mal feita - que radica na nostalgia de concepções ideológicas que se traduziram nas economias de direcção central, cujos resultados bem conhecemos.
Acontece simplesmente que a premissa de que parte o silogismo é falsa, pelo que as conclusões não apresentam qualquer validade.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Embora o Partido Socialista também venha, desenfreadamente, a defender a política de mais despesa pública e maior deficit, o interessante é que figuras lúcidas do anterior governo socialista não a defendiam.

Vozes do PSD: - Muito bem!

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