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4901 | I Série - Número 089 | 20 de Maio de 2004

 

fragilizar a democracia portuguesa.
Falamos de um País que diz que os jovens devem procurar, em primeiro lugar, ir para a função pública, porque, assim, têm a vida descansada ou têm o futuro assegurado para toda a vida e que o melhor é conseguirem trabalhar numa empresa que já exista, porque quererem criar a sua empresa é crime. O que se diz à juventude portuguesa é que não vale a pena ter iniciativa. É esta a visão do País que tem a oposição que temos, mas não é a nossa.
Reduzir o peso da Administração Pública é importante não só para mudar a mentalidade da população, dos jovens, por exemplo, mas também para melhorar a competitividade do País. Incentivar o empreendedorismo é importante não só para que existam mais empresas mas também para que os jovens portugueses percebam que a sua criatividade é fundamental para si próprios e para um país que se quer competitivo e que se quer afirmativo. Esta é uma visão de País, que, naturalmente, é diferente da visão que tem a oposição.
Esta é uma oposição que actua na democracia refém do totalitarismo, do politicamente correcto, que actua na democracia sob a ditadura do mediatismo e que não é capaz de se libertar deste totalitarismo e desta ditadura. Ora, com totalitarismo e com ditadura do mediatismo e do politicamente correcto, Portugal não se pode desenvolver.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Portugal tem de procurar outro caminho. Enquanto esta oposição especula, o Governo credibiliza-se. Portugal não precisa de especulação, precisa de credibilidade, pois é com credibilidade que se pode afirmar.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Pinho de Almeida, há certas intervenções para as quais a melhor resposta seria o silêncio, mas também há coisas que não podem passar sem um reparo.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - É "vira o disco e toca o mesmo"!

O Orador: - O Sr. Deputado falou de bolor, de bafio… De facto, deste lado, parecia que essas palavras estavam bem adequadas à intervenção que fez.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Se não gostaram é bom sinal!

O Orador: - Já percebemos que o Sr. Deputado convive mal com o protesto - julgo que admitirá que é legítimo e, digo eu também, que é justo - dos sindicatos, expresso em manifestações, em iniciativas que promovem junto do Governo, que, aliás, tem muito pouca disponibilidade para os ouvir.
O Sr. Deputado diz que o que vale é o que dizem os que estão aqui, porque são eleitos. É verdade que quem está aqui é eleito pelo povo e representa as diversas correntes de opinião. Mas quero dar-lhe uma novidade: é que os sindicatos também são eleitos.

O Sr. Jorge Nuno Sá (PSD): - Ah!

O Orador: - Noutro tempo é que não eram! Lembra-se?! Mas não é o que acontece neste momento.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Alguns!

O Orador: - Hoje, os sindicatos são eleitos, Sr. Deputado João Pinho de Almeida! Quero que acabe o dia com mais esta verdade, que, se calhar, não sabia. Estava, com certeza, a lembrar-se de um outro tempo qualquer, que não coincide com o que na realidade acontece. Hoje, os sindicatos são eleitos.
O Sr. Deputado falou muito do que os jovens esperam do futuro, da oposição, que diz não ter resposta para eles...
Sr. Deputado, a resposta do seu Governo para os jovens é, por exemplo, 16% de desemprego em Abril para jovens com menos de 25 anos, é haver muitos mais portugueses com formação superior

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