O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

4903 | I Série - Número 089 | 20 de Maio de 2004

 

que as decisões são tomadas democraticamente.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Pode ter a certeza que são!

O Orador: - Nós temos uma ideia diferente.
Como sabe, a sua democracia é a democracia da Coreia do Norte; a nossa é a democracia ocidental, que é muito diferente. Portanto, se a democracia dos sindicatos portugueses é a sua e a da Coreia do Norte, estamos completamente esclarecidos.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Cravinho.

O Sr. João Cravinho (PS): - Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Estamos quase no termo deste debate, e ainda bem que o Sr. Deputado João Pinho de Almeida interveio, pois ficámos todos a saber que é precisamente o vazio das políticas do Governo, o nada sobre o nada, que lhe permite preencher o tempo de antena que aqui quis preencher.
É um aviso muito sério que nos chega, e é um aviso que tem de ser imputado ao Governo…

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - … pelo facto de desgovernar este país,…

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - … lançar a população no desespero, não ter medidas e persistir no erro.

O Sr. António José Seguro (PS): - Muito bem!

O Orador: - O Sr. Ministro da Economia, que não está presente, é o ministro das boas notícias. Há dois anos e meio que nos vai dando notícia boa atrás de notícia boa, contra um desmentido cabal de tudo quanto é estatística, de tudo quanto é experiência concreta.
O Sr. Ministro diz que o desemprego abrandou, mas nós sabemos que aumenta e sabemos, sobretudo, que um jovem que hoje queira emprego não o encontra, o que constitui um desespero para ele e para as famílias. O discurso optimista que aqui fez é, mais do que nada, de uma profundíssima insensibilidade.
Diz o Sr. Ministro da Economia que, em 2010 - altura em que o Sr. Ministro, com certeza, não estará cá! -, vamos ter uma produtividade de 75% da produtividade europeia, para a qual seria preciso ou um milhão de desempregados ou um crescimento de 10% na ponta desta década. O Sr. Ministro que nos diga qual vai ser o crescimento da produtividade este ano, porque é este ano que ele tem responsabilidades e não em 2010, e qual vai ser este ano a percentagem do PIB em exportações, uma vez que elas diminuem ou estagnam e ele anuncia que passarão de 30% para 40% do PIB em 2010.
E se há uma fractura na maioria - não posso admitir que o discurso do Sr. Deputado João Pinho de Almeida seja sufragado pela maioria dos sociais-democratas…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - O seu discurso é que não é sufragado por ninguém de bom senso!

O Orador: - … que se sentam nesta Câmara -, que, felizmente, se revela e que, porventura, conduzirá a que em 2006 não haja já coligação, como até Santana Lopes diz, também há uma fractura no Governo.
Não está presente a Sr.ª Ministra das Finanças, que é a grande responsável pela política económica (afinal de contas, é quem manda em tudo, com a autoridade que lhe advém do Sr. Primeiro-Ministro, que também não está cá); mandam o Sr. Ministro das boas notícias para dizer coisas em que ninguém acredita, nem ele próprio.
Ainda por cima, em relação àquilo de que o Sr. Ministro da Economia é directamente responsável, como é o caso da Galp e dos CTT, ele está sempre disponível para dar informações, para explicar, com o único senão de, em três semanas, não ter explicado rigorosamente nada, não ter dito rigorosamente nada! Não sabemos qual é o mandato ou, se quiserem, os termos de referência do concurso, não sabemos qual é

Páginas Relacionadas
Página 4876:
4876 | I Série - Número 089 | 20 de Maio de 2004   A Sr.ª Presidente (Leonor
Pág.Página 4876