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4921 | I Série - Número 089 | 20 de Maio de 2004

 

Sabe porquê, Sr. Deputado Carlos Carvalhas? Por esta razão muito simples: é que, apesar da decisão não ter sido deste Governo nem de ninguém, mas da empresa responsável por aquele encerramento, é este Governo que tem a responsabilidade de tentar encontrar uma solução. Não é uma questão de vitória para nós. É uma questão de vitória para aqueles trabalhadores e para a economia nacional!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - O Sr. Deputado Francisco Louçã também pediu a palavra para defesa da honra da bancada. Peço-lhe também que justifique por que é que considera que a sua bancada foi agravada.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Com certeza, Sr.ª Presidente.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares entendeu, na sua intervenção, incluir expressões sobre o Bloco de Esquerda como "hipocrisia", "perversidades", "arrogância insuportável" e, até, "vazio de ideias". E todas elas são claramente ofensivas.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Não são mentira!

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Tem a palavra, Sr. Deputado. Peço-lhe também que se limite à defesa da consideração da bancada.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Obrigado, Sr.ª Presidente.
Sr. Ministro Marques Mendes, nesta bancada seguimos sempre com muita atenção as suas intervenções, que normalmente têm graça. Surpreende-nos que escolha a via do insulto, mesmo que seja o pretexto para ter mais alguns minutos para a sua exposição.
Percebo que hoje é um Ministro confiante, pois, como vê televisão domingo à noite, sabe que é o único ministro que não está na lista dos remodeláveis, segundo o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.

O Sr. Jorge Nuno Sá (PSD): - Que exagero!

O Orador: - Por isso mesmo, tem tanta confiança, que creio que lhe poderíamos dizer, Sr. Ministro Marques Mendes, que o seu cognome é o "grande adjectivo" - quis-nos aqui trazer muitos adjectivos nesta espécie de operação "penumbrosa" de aterrorizar ou assustar a oposição.
Ora, há várias razões pelas quais percebemos que os seus insultos são um disparate.
Primeiro, o senhor representa aqui sozinho o Governo. O Governo, na verdade, está desaparecido. Já reparou que os responsáveis do Governo nunca vêm prestar contas?

Protestos do PSD.

Ontem, apresentou-se um plano de privatização das águas com a Ministra Manuela Ferreira Leite, mas é o Ministro Amílcar Theias que vem dar a cara por ele. Fala-se da GALP, é a Ministra Manuela Ferreira Leite que tutela a Caixa Geral de Depósitos, mas é o Ministro Carlos Tavares que aqui vem dar a cara.
O Governo está desaparecido, resta o senhor e, por isso, adjectiva com tanta determinação.
A segunda razão para os seus insultos nos surpreenderem é a de que o Sr. Ministro faz parte de um Governo sem qualquer réstia de credibilidade. Pensa que os portugueses não se lembram da promessa de redução dos impostos? Pensa que os portugueses não se lembram que foi o seu Governo que arrastou Portugal para uma guerra colonial no Iraque, a pretexto de uma mentira?

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Pensa que não nos lembramos do que é uma política de tragédia social, que é o que hoje esteve aqui em discussão?
Percebo perfeitamente por que é que precisa de insultar: é um Governo desaparecido, sem credibilidade. Por isso mesmo, o Sr. Ministro vem acrescentar, na última intervenção deste debate, a única novidade da maioria: é que nesta década, até 2010, vamos ter pleno emprego. Quer que acredite quando o Governo é que é o campeão do desemprego? Nunca houve tanto desemprego de licenciados, nunca houve tanto desemprego estrutural nos últimos 20 anos. Mas o Governo vem agora dizer: "Deixem-nos governar até 2010 e damo-vos pleno emprego!" Nem o Sr. Ministro acredita nisto! Nem o Sr. Ministro consegue pôr

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