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5825 | I Série - Número 107 | 29 de Julho de 2004

 

pela cor do cartão, agitam como podem e o Partido Comunista manda, em manifestações politicamente organizadas, aquela que é a devida ordem social. Do que já vai sendo tempo de o Partido Comunista perceber, por muito que lhes custe, é que foi noutros, nomeadamente agora, na maioria que os portugueses e os trabalhadores confiaram o seu destino.

Aplausos do CDS-PP.

Mas se assim se passam as coisas na extrema esquerda desta composição parlamentar, do Partido Socialista, com franqueza, esperava-se muito mais!… É porque o Partido Socialista tem vocação de poder: é um dos maiores partidos que ajudou, e muito, na criação do Portugal democrático.

Vozes do PS: - Isso é bem verdade! Percebeu!

O Orador: - Por isso se exigia, num debate desta importância, que o maior partido da oposição tivesse dado ao País uma ideia de liderança alternativa; por isso se exigia, num debate desta importância, que o maior partido da oposição tivesse mostrado ao País, uma ideia de programa alternativo de governação! Mas não! Foram apresentadas várias moções de rejeição. Ao que parece, para a oposição, o Programa deste Governo não serve e a maioria não tem condições para governar. Mas o que a oposição não explicou foi quem teria em melhores condições para o fazer. Quem é que o PS apresentaria como alternativa ao Primeiro-Ministro que aqui temos e ao Governo que aqui foi apresentado?

Vozes do PS: - Vários!

O Orador: - Quem é que o PS apresenta como capaz de fazer melhor?

Vozes do PS: - Todos!

O Orador: - Quem é que o PS apresenta como capaz de implementar melhor programa?

Vozes do PS: - Qualquer um!

O Orador: - O que é que o PS poderia responsavelmente - repito, responsavelmente - garantir aos portugueses caso, como obviamente não sucederá, algumas das moções de rejeição aqui viessem a ter vencimento? É porque fácil seria rejeitar - aquilo que a oposição pretende -, difícil era apresentar aqui a necessária alternativa. E essa, como compreenderão, é fundamental para quem quer o melhor para o País.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Em bom rigor, uma das notas mais impressionantes que retiramos deste debate foi a forma como o PS não foi capaz de se distinguir da demais oposição.
A oposição comportou-se neste debate, e tem vindo a comportar-se nos últimos tempos, de forma indistinta e sem que muitas vezes se lhe note sequer, como era suposto, alguma demarcação programática ou até ideológica. Os argumentos que o Bloco de Esquerda suscita são usados pelo PCP e servem muito bem ao Partido Socialista que, não raras vezes, os adopta como seus.

O Sr. José Magalhães (PS): - Por que será?

O Orador: - Sendo que, ninguém em bom juízo e de boa-fé, pode acreditar, como pretendeu a oposição, que, de um programa tão diversificado como o que aqui discutimos, não seja possível retirar um único propósito válido, uma ideia boa para o País. Ninguém, em boa-fé! Certamente os portugueses não o compreendem. E não o compreendem na oposição, nem o compreendem particularmente no PS. Daí que, como referi em começo de intervenção, este debate tenha demonstrado como poucos que o País é governado por quem é mais capaz e que o papel da oposição continua a ser desempenhado por quem não está em condições de fazer, no presente momento, outra coisa.
Resta-nos uma última palavra para o Governo e para a maioria: há pouco tempo, há muito pouco tempo, o CDS e o PSD - compreendendo e tendo até muito orgulho pelas novas tarefas que a Europa destinou ao primeiro-ministro cessante, e que motivaram aquilo que politicamente aconteceu - afirmaram ao País a sua determinação e o seu empenho na constituição de um novo Governo que respeitasse a vontade

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