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5827 | I Série - Número 107 | 29 de Julho de 2004

 

seu desalento e o seu desencanto! Já não referindo, claro está, a maior parte das faces visíveis dos Deputados que se sentam nas bancadas da maioria!

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Peço desculpa por não poder citar um a um cada um dos vossos nomes, mas estão todos englobados nesta citação!
O próprio Primeiro-Ministro apresentou-se na Assembleia da República proclamando um conjunto de vulgaridades e de boas intenções, sem consistência e sem qualquer articulação entre si - hipóteses de trabalho, dirá o Sr. Primeiro-Ministro! Mas o País, Dr. Santana Lopes, dispensa hipóteses de trabalho - o País exige soluções para os problemas que enfrenta. Os tempos não são de estudo nem de diagnóstico, como ontem aqui nos disseram o Sr. Ministro da Justiça e Sr. Ministro das Finanças; os tempos exigem acção e capacidade de execução de políticas consistentes.

Aplausos do PS.

Ao contrário do que a velha maioria prometeu, a situação do País é pior do que há dois anos. Infelizmente, há vários indicadores que o confirmam. Quero apenas referir-me a dois: o índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas foi publicado recentemente e, ao contrário da tendência que vinha sendo verificada nos últimos anos, Portugal desceu três lugares, tendo sido ultrapassado pela Grécia, por Singapura e por Hong-Kong; os dados da União Europeia situam Portugal no último lugar dos 15 Estados que estavam, até ao dia 30 de Abril, como membros da União Europeia, após ter sido ultrapassado pela Grécia em termos de PIB em 2003. De notar que Portugal estava, face à União Europeia, abaixo da Grécia; ultrapassou-a em 1995, alcançando o máximo de diferença em 1999 de mais 5% - acontece que, em 2003, com as vossas políticas, a Grécia ultrapassou Portugal e colocou-nos em último lugar, na cauda da Europa!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Os senhores riem-se! Os senhores podem rir-se mas nós não nos rimos com a desgraça em que colocaram o País e os portugueses.

Aplausos do PS.

Pode dar-vos motivo de riso que Portugal esteja atrasado em relação à média da União Europeia - a nós, dá-nos razões acrescidas de preocupação.
Todos estes dados que vos citei, Srs. Deputados, exigem de Portugal e dos portugueses um maior sacrifício, um redobrado sacrifício. Em 2002, o antecessor do actual Primeiro-Ministro dizia que colocava Portugal a convergir com a média da União Europeia num espaço de dez anos, crescendo para tal 2 pontos acima do crescimento da média dos países da União Europeia. Ora, tendo em conta o Programa de Estabilidade e Crescimento, elaborado pelo vosso Governo…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Não, não! Pelo vosso!

O Orador: - … e as previsões…

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Srs. Deputados, não confundam pacto com programa! Estou a falar do programa elaborado pelo vosso governo!
Queria dizer-vos, com base nas previsões da primavera, que, para atingir esse objectivo fixado pelo senhores, e fruto das políticas erradas dos vossos governos, Portugal teria de crescer 8,6% acima dos países da média da União Europeia! E sejamos muito rigorosos, porque estamos a falar de problemas sérios: o PIB potencial do País, neste momento, situa-se entre 1,5% e 2%; o que significa que o esforço que o País precisa de fazer, neste momento não pode ser feito porque os senhores diminuíram o potencial das capacidades instaladas para que Portugal pudesse cumprir esse objectivo de convergência.

Aplausos do PS.

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