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5833 | I Série - Número 107 | 29 de Julho de 2004

 

O maior partido da oposição excitou-se com a possibilidade de eleições antecipadas. Via nelas, para além de um golpe constitucional, a oportunidade única para a sobrevivência da sua liderança frouxa e moribunda. Foi a prova da mais inequívoca fraqueza política.
Queriam eleições a meio da Legislatura, num lance oportunístico e num total desprezo pelos valores políticos do Estado de direito, da estabilidade e da governabilidade, que sempre disseram defender.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Queriam eleições a meio da Legislatura porque queriam - egoisticamente, tacticamente, irresponsavelmente - resolver problemas de decomposição interna à custa da instabilidade do País e de um inevitável recuo no percurso de recuperação que tanto tem custado aos portugueses.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Queriam eleições a meio da Legislatura porque não conseguem disfarçar o que é óbvio para todos os portugueses: de um lado, continuará a haver um Governo que governa e uma maioria parlamentar sólida, consistente e estável; do outro lado, há uma oposição vazia de ideias, omissa nas alternativas, preguiçosa no trabalho, maledicente no discurso e irresponsável nas atitudes.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Quanto aos restantes partidos com assento parlamentar, limitaram-se a prosseguir a sua política de sempre, pelo "bota abaixo", pela instabilidade, pelo retrocesso no esforço nacional de modernização e progresso.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Às chantagens e aos apelos lancinantes por uma opção sectária, respondeu o Sr. Presidente da República com uma decisão em nome de todos os portugueses.
Decidiu. E decidiu a favor da estabilidade. Recusou o frete à oposição. Como não fez nenhum favor à maioria. Cumpriu, sim, uma obrigação de normalidade política e institucional. Foi o Presidente de todos os portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Aqui estamos, por isso mesmo, para cumprir. Para cumprir o mandato que legitimamente nos foi conferido. Para governar com seriedade, como é exigência dos cidadãos. Para dar satisfação aos anseios mais legítimos dos portugueses. Para que, em 2006, os portugueses julguem com liberdade, soberania e responsabilidade.

O Sr. José Magalhães (PS): - É extraordinário!

O Orador: - Não temos medo! Nem dos problemas, nem das dificuldades, nem das oposições, nem do julgamento dos portugueses no tempo próprio.
Mas permitam-me que faça daqui um apelo, ainda que no actual estado da arte da actividade política e do "vale tudo" dos partidos mais à esquerda, possa parecer quixotesco.
O apelo é este: que façamos todos um esforço para situar o debate político no patamar que lhe compete, no âmbito da discussão das ideias, dos projectos e das alternativas.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Há, naturalmente, bom e menos bom, em todas as famílias políticas. Mas se queremos dignificar a política, deixemos, de uma vez por todas, de entrar na discussão pessoal, nos processos de intenção sobre as pessoas. Deixemos de enlamear, com a suspeição constante, tudo e todos aqueles que são chamados ao desempenho dos mais altos cargos públicos.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

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