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1370 | I Série - Número 022 | 07 de Janeiro de 2005

 

apesar de haver agências europeias para a observação espacial ou para outras matérias científicas de grande importância.
Creio que são estas falhas que importa discutir…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se.

O Orador: - Concluo, Sr. Presidente.
Como dizia, são estas falhas que importa discutir, porque delas pode resultar uma reflexão que nos permita ter uma melhor cooperação europeia e melhores políticas nacionais neste aspecto que tanto nos importa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme Silva.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Nenhum cidadão pode ter ficado indiferente à dimensão da tragédia que atingiu os países e os povos do sudeste asiático. Numa altura que, em princípio, deveria ser de festa - o Natal e Fim do Ano -, muitos milhares de pessoas foram atingidas por esta catástrofe.
Já foi aqui dito que, nestes momentos, temos o pior e o melhor: o pior é a dor e a destruição; o melhor, felizmente, são os gestos de solidariedade que se têm sentido pelo mundo fora, Portugal e a Europa incluídos, o que significa que, felizmente, o homem mantém virtualidades que nos permitem pensar num mundo melhor.
Mas estas ocasiões devem determinar também alguma reflexão em aspectos que têm já sido aqui referidos, quer internamente quer no âmbito internacional. Não deixa de ser chocante, numa altura em que se atingiram níveis de inovação tecnológica, de cooperação internacional, de comunicação nesta aldeia global em que o mundo se transformou, que para uma situação de calamidade natural como esta - nalguns casos podiam ser desencadeados alertas quanto à previsão da ocorrência com uma hora e meia, noutros com mais tempo -, não haja, neste momento, mecanismos de cooperação meteorológica internacional na área destes fenómenos que tivessem permitido aos serviços de protecção civil destes países ter, atempadamente, uma intervenção que poupasse, porventura, milhares de vítimas.
Penso que esta é uma questão sobre a qual todos devemos reflectir: avançámos tanto em termos de investigação e de inovação, avançámos tanto - e bem! - em termos de cooperação internacional à sombra de várias organizações, designadamente das Nações Unidas, mas, ao fim e ao cabo, ainda estamos tão longe daquilo que devíamos estar perto.
É isto que me choca profundamente. Se designadamente o Ocidente, que é o mercado de algumas dessas estâncias de turismo que foram atingidas pela catástrofe, tivesse pensado na vertente da segurança dos seus próprios cidadãos, teria pensado na inclusão de um grau de exigência em relação ao funcionamento dos serviços de protecção civil.
Também nós, em Portugal, perante catástrofes desta natureza, teremos de estar preparados para a prevenção e para as medidas que possam, ao menos, atenuar estas consequências.
Sabemos que, em alguns casos, o fenómeno se passou em tempo relativamente reduzido, mas nos casos em que as costas foram atingidas hora e meia depois de este fenómeno ter sido detectado e em que podia prever-se, e recear-se, que ele atingisse esta proporção… Mas, mesmo que não a tivesse atingido, bastava a circunstância de essa hipótese poder dar-se para que tivessem sido desencadeados os mecanismos de deslocação das pessoas que estavam nas áreas que vieram a ser atingidas. Penso que a mágoa mais profunda que podemos sentir perante esta circunstância é a de termos negligenciado o aperfeiçoamento destes sistemas. Se o tivéssemos feito, talvez o nosso lamento perante uma tragédia e uma dor que não têm fronteiras, e que é de todos nós, pudesse ser menor.
Associamo-nos, naturalmente, ao voto de pesar que o Sr. Presidente elaborou, como nos associamos ao sentido de pesar por todos as vítimas, e de solidariedade para com as suas famílias, sejam elas portuguesas ou de qualquer outra nacionalidade. Foram homens que perderam a vida, porventura também, em parte, por negligência de outros homens, e disso não podemos alhear-nos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Narana Coissoró.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Assistimos, no fim do último ano, a um espectáculo de terror, de desespero, de angústia e de morte como nunca tínhamos visto na nossa geração e que perdurará na memória da Humanidade por largas décadas, embora estas coisas também se esqueçam com o passar do tempo. E prova disso é o facto de, hoje, estarmos esquecidos do que o nosso país e o nosso povo devem ter sofrido em 1755.

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