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1441 | I Série - Número 023 | 27 de Janeiro de 2005

 

Mas, se estivessem tão preocupados como eu estou, não teriam sentido de humor para aceitar a piada.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Portanto, neste momento, esta é uma questão que está negociada com as federações e que está pensada em conjunto com os agricultores. Deu-se seguimento ao que sempre pensei ser o caminho correcto, o caminho das parcerias estratégicas, o caminho de abordar estas questões com responsabilidade entre todos. E tive a profunda satisfação de ver a grande responsabilidade e a forma sensata e serena como os agricultores, que estão a viver grandes dificuldades, abordam toda esta questão.
Neste dia e a esta hora, a situação é esta, e digo-o com tanto ênfase, porque outras questões e dificuldades se levantarão para outras zonas do País se, num período que contabilizamos ser entre duas a três semanas, a chuva, pela qual esperamos, não chegar entretanto.
Portanto, continuaremos a acompanhar a situação, que é preocupante, pois há agricultores que estão, realmente, numa situação difícil neste momento, e daí a necessidade da adopção de medidas extraordinárias pelo Governo. E penso que os Srs. Deputados, pelas suas funções e como primeiros representantes desses cidadãos, têm o pleno direito de as conhecer com a maior profundidade. Assim, aqui está a informação e a disponibilidade permanente para prestar todos os esclarecimentos e informações sobre a evolução desta situação nesta Câmara, ou, caso já não seja possível fazê-lo aqui, nos círculos de cada um dos Srs. Deputados.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Srs. Deputados, entrando no debate, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, Srs. Deputados: No passado fim-de-semana pude visitar as zonas afectadas e viver directamente a situação difícil que muitos agricultores daquela região estão a passar. Reuni com os dirigentes da Federação de Agricultores do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e com outros agricultores afectados e quero dizer-lhe, Sr. Ministro, que pude sentir o desespero e também o abandono a que se sentiam votados por parte do Governo.
A reacção inicial do Governo a esta situação difícil foi, de facto, ao arrepio de tudo aquilo que seria recomendável para dar ânimo e confiança aos agricultores. O Sr. Ministro não teve disponibilidade para se deslocar ao local. O Sr. Ministro, que dispôs de 15 dias para governar nos Açores em véspera de eleições, não teve um dia para levar uma palavra de conforto aos agricultores alentejanos. Sei que nada havia para inaugurar, mas sabemos como nestes momentos difíceis uma atitude vale mais do que mil palavras.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - O Sr. Ministro é, aliás, candidato por um distrito do Alentejo…

O Sr. José Magalhães (PS): - É! E já lá esteve!

O Orador: - … e, por isso, deixe-me dizer-lhe que deveria conhecer melhor a tempera e o carácter das gentes que se propõe representar.

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - As primeiras declarações do Governo sobre este problema foram de completa desvalorização. Depois, veio o tempo da trapalhada, das contradições, dos números diferentes, fornecidos pelo Sr. Ministro e pelo Sr. Primeiro-Ministro, que variaram entre os 10 e os 25 milhões de euros - foi esta a amplitude da diferença.
Finalmente, os protestos e as ameaças dos agricultores fizeram imperar o bom senso e o Governo fez o óbvio: verificou as medidas tomadas pelo governo do PS numa situação similar, que ocorreu em 2000, e fê-las suas. Foi uma atitude sensata, mas é uma atitude que não apaga o prejuízo causado pela demora, pela hesitação, pela arrogância e pela incompreensão.
Sr. Ministro e Srs. Deputados, as preocupações dos agricultores do Alentejo são conhecidas e razoáveis: o mercado está distorcido; a alimentação natural escasseia e muitos agricultores têm dificuldades

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