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I SÉRIE — NÚMERO 20

18

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Nunca telefona para a redacção da RTP! Isso não!

O Orador: — Finalmente, dois pontos, o primeiro dos quais é o seguinte: este Governo não criou nenhuma cadeia hierárquica de controlo político; não foi ele que nomeou a actual administração da RTP nem foi durante o seu tempo que foi nomeada a actual Direcção de Informação.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Bem lembrado!

O Orador: — Segundo ponto: quando as coisas correm mal, quando as sondagens não ajudam, quando o eleitorado, aparentemente, de acordo com elas, vira costas e foge,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Quem fugiu foram os senhores!

O Orador: — … há, normalmente, duas saídas possíveis. A primeira saída é olhar para o espelho e verificar o que está a correr mal; a segunda é encontrar um culpado qualquer.
O PSD, no fim de contas, o que é que fez? Fez exactamente como Humphrey Bogart, na parte final do filme Casablanca, quando se virou para o chefe da polícia e disse: «Prendam os suspeitos do costume».

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Agostinho Branquinho, não vou tentar fazer aqui nenhuma insinuação acerca da ligação entre pessoas, de onde sejam, porque isso levavanos longe, a começar por este Governo e pelas nomeações que são feitas, e pelos estudos que são pedidos, e pelas ligações entre os assessores e quem faz os estudos, e tudo mais. Não vou por aí! Não vou por aí, e é pena que o Sr. Deputado Arons de Carvalho tenha ido, pois devo dizer-lhe que lhe fica muito mal.
Gostava de dizer uma coisa ao Sr. Deputado Agostinho Branquinho: o Sr. Deputado falou de um programa específico e terá, porventura, sobre ele, razão de queixa. Mas, então, o que diremos nós, nesta bancada?! Vou dar-lhe alguns exemplos.
Houve um debate, nesse programa, sobre o aborto.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Nós também não fomos!

O Orador: — Se bem me recordo, o único partido que, neste Hemiciclo, até apresentou uma proposta de alteração à pergunta a ser colocada em referendo foi o CDS.
Se bem me recordo, o único partido que, por acaso, na última sessão legislativa, até recorreu da decisão do Sr. Presidente da Mesa, em relação ao agendamento da questão do referendo, foi exactamente o CDS.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Se bem me recordo de uma bancada que tem tido particular intervenção nessa matéria, e em bloco, porque teve uma posição também muito definida, e bem definida, é a do CDS.
A verdade é que assisti a esse frente-a-frente sobre o aborto, vi lá o PS e vi lá o PSD, que, curiosamente, à data, nesse debate, até teve uma posição de liberdade, como é legítimo nessa bancada, mas não vi lá o CDS, e achei extraordinário.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Orador: — Vou dar-lhe outro exemplo: um debate sobre as maternidades.
Também neste caso, se bem me recordo, o partido que, à data, aqui apresentou um voto de protesto pelo encerramento de várias maternidades, uma das quais a de Barcelos — e houve um Deputado do PSD, membro da Mesa, que teve uma intervenção muito particular nessa matéria —, foi o CDS. Fui eu, inclusivamente, que subscrevi esse voto e fui eu que o apresentei.
Na sequência disso, toda a comunicação social deu o relevo e o destaque adequado à questão, porque era importante e preocupava os portugueses.
Assisti ao dito frente-a-frente sobre o encerramento das maternidades — chamo-lhe frente-a-frente, porque não quero particularizar aqui nenhum programa e, de facto, há um frente-a-frente —, vi lá o PS, vi lá o PSD, mas não vi o CDS, e também não me parece normal. Vi, ao menos, no início do programa — aí, sim! —, depois de uma diligência do nosso assessor de imprensa, que não foi de pressão mas de lembrança, uma

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