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55 | I Série - Número: 104 | 12 de Julho de 2007

membro do Governo venha aqui novamente demonstrar a posição pública e política que o Governo tem assumido ao longo de todo este mandato, enxovalhando esta Casa e todos os Deputados que fizeram intervenções.

A Sr.ª Helena Terra (PS): — Era o que faltava!

O Orador: — Eu explico: o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares veio dizer que desdenhava — o termo não foi este —,…

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Esse que está a usar é pior!

O Orador: — …que subalternizava as intervenções que foram apresentadas, que seriam de segunda ou terceira linha.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Não foi isso!

O Orador: — Primeiro: quem é que aqui fez intervenções de segunda ou de terceira linha?! Qualquer das intervenções feitas neste Plenário foram de primeira linha, foram feitas por Deputados que são eleitos pelo voto do povo, que têm o direito e o dever de dizerem o que sentem e o que ouvem na rua. Portanto, entendo que a atitude do Sr. Ministro não foi a mais consentânea com o lugar que ocupa e com as funções que desempenha, pelo que deveria pedir desculpa — aqui, como noutros locais, como sabe — por algumas atitudes, nomeadamente esta, de sobranceria e arrogância.

A Sr.ª Helena Terra (PS): — Isso fica-lhe muito mal!

O Orador: — Não o deve voltar a fazer! Esta Câmara assim o exige e a democracia no século XXI exige uma atitude mais humilde de quem governa este País.
Penso que todos os Deputados que aqui falaram hoje entendem esta posição: a arrogância do Governo e do Sr. Ministro não é consentânea com as suas funções.

A Sr.ª Helena Terra (PS): — Fale por si!

O Orador: — Por outro lado, quero também dizer-lhe que o Sr. Ministro não vai aos centros de saúde, o Sr. Ministro não vai aos hospitais. É que o meu centro de saúde, o da Amora, tem dezenas de milhares de cidadãos sem médicos de família. Então, o que é que este Governo resolveu fazer? Resolveu que vai fechar mais dois serviços de atendimento permanente, no Seixal, para ficar só um, e há 160 000 cidadãos que vão ficar pior servidos. E mais: quando o Governo é questionado sobre estas matérias nada responde, esconde o jogo.

O Sr. António Filipe (PCP): — Diz que fica melhor!

O Orador: — De facto, não é esta a minha posição e entendo que o Sr. Ministro, com as primeiras palavras que disse, subalternizou toda a Câmara e esse não é um acto de um Governo democrático no Portugal de hoje.
Sr. Ministro, não conte que eu me cale, nem aqui nem em lado algum, em relação a posições, suas ou deste Governo, como a que tomou.
Portanto, exijo que se retracte, uma vez que ninguém fez intervenções de segunda ou de terceira linha.
Foram todas intervenções de primeira linha, no pleno uso dos seus direitos e deveres como Deputados.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!

O Orador: — Para dar explicações, querendo, tem a palavra o Sr. Ministro, dispondo também de 3 minutos.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Sr. Presidente, eis, portanto, as explicações.
Em primeiro lugar, não ofendi em nada a consideração devida ao Sr. Deputado, como a sua intervenção mostra. O Sr. Deputado quis foi mais um tempinho de antena para fazer pronunciamentos políticos.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Luís Rodrigues (PSD): — Tenho os tempos de antena que quiser!

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