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14 | I Série - Número: 109 | 21 de Julho de 2007

caminho e com sorte, em 2008, passaremos de últimos para penúltimos.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!
Orador: — Não é grande consolação.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — É verdade!

O Orador: — A Europa cresce mais de 3% ao ano, a Espanha cresce ainda mais do que a Europa e Portugal cresce muito menos do que a Europa e muito menos do que a vizinha Espanha.
Se nos comparamos com o Burundi, estamos muito bem;…

Vozes do PS: — Eh!…

O Orador: — … se nos compararmos com a Europa, infelizmente estamos muito mal.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Orador: — Esta é que é a realidade.
Há nove trimestres consecutivos, isto é, há mais de dois anos, que o investimento está em queda em Portugal. Nos primeiros cinco meses deste ano, o investimento estrangeiro teve uma queda superior a 30%.
Ou seja, não criamos riqueza suficiente para nos aproximarmos da Europa e para, por isso mesmo, ultrapassarmos o fosso que nos distancia da média europeia. Esta é que é a realidade.
Por isso, os factos também são claros: todos os anos baixamos de «divisão», todos os anos há mais um país da Europa que nos ultrapassa. Já estamos em 19.º lugar e, no próximo ano, baixaremos para 20.º lugar.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Uma vergonha!

O Orador: — A propaganda do Governo diz que estamos no bom caminho. A verdade dos factos que os portugueses sentem no dia-a-dia, Sr. Primeiro-Ministro, é esta: temos menos investimento; temos menos economia; na comparação com a Europa, temos menos criação de riqueza e mais desemprego.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Esta é que é a verdade!

O Orador: — Esta é a realidade do dia-a-dia dos portugueses.
Num único ponto reconheço — provavelmente, o único de que não falou — que pode apresentar-se como um campeão: no domínio dos impostos. De facto, no domínio dos impostos o Governo é um campeão. É o maior criador e cobrador de impostos dos últimos anos, em Portugal. Não há, com este Governo, imposto que não aumente.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Combatemos a fuga!

O Orador: — A voracidade fiscal do Governo é tal que nenhum imposto escapa.
Mas isto tem uma factura, que os portugueses estão a sentir: a classe média está fortemente asfixiada com impostos; as empresas estão fortemente penalizadas com mais impostos; a competitividade está a baixar.
Numa palavra, Sr. Primeiro-Ministro, não há um projecto de desenvolvimento do País, o senhor limita-se a gerir o continuado empobrecimento de Portugal. Esta é que é a verdade.

Aplausos do PSD.

O resultado social desta política é termos uma nação mais injusta. Pela mão de um Governo socialista aumentam as desigualdades sociais em Portugal. Quem diria?!… O fosso entre os mais ricos e os mais pobres agrava-se.
Temos, hoje, mais desemprego do que tínhamos: 470 000 portugueses. É a taxa de desemprego mais alta dos últimos 20 anos. Os números não mentem. O problema é que por trás destes números estão pessoas, pessoas que não têm emprego, que o perdem e que não se revêem nesse seu discurso.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!

O Orador: — Temos, hoje, mais licenciados no desemprego: há mais de 50 000 jovens que acabam o curso superior e vão directamente para o desemprego.
E temos hoje, também, emigração. Há milhares de portugueses que têm que sair de Portugal para

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