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29 | I Série - Número: 006 | 29 de Setembro de 2007


não ter ocorrido.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena Pinto.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Gostaria de, em primeiro lugar, começar por saudar os peticionários desta petição que hoje debatemos no Plenário.
De facto, o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares decidiu abrir logo com a «novidade» — permita-me que lhe diga, Sr. Ministro, mas já todos a sabiam pelos jornais — de que o Sr. Ministro das Obras Públicas anunciou a abertura da ponte. É certo que ainda não chegámos ao dia 31 de Outubro, mas o que o Sr.
Ministro deveria ter feito, para além de nos dar essa grande informação de que a ponte vai abrir no dia 31 de Outubro, era dizer-nos, em nome do Governo, o que o Sr. Ministro da Obras Públicas também ainda não disse: explicar por que é que esta obra levou tanto tempo e trouxe tantos prejuízos!

Protestos do PS.

Srs. Deputados da bancada do Partido Socialista, tenham calma e lembrem-se, inclusivamente, da visita que a Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações fez a Viana do Castelo, a esta ponte, e da reunião que tivemos quer com os órgãos autárquicos quer com a comissão de utentes. Portanto, não vale a pena «atirar areia para os olhos» das pessoas, porque todos sabemos que foi perdido mais de um ano para a conclusão de uma obra que poderia ter durado seis meses, uma obra que prejudicou os moradores, que os obrigou — relembro — a percorrer mais 11km de distância. É verdade!

O Sr. Jorge Fão (PS): — A Sr.ª Deputada sabe que não é assim!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Penso que uma posição de humildade e de reconhecimento público de que as obras não podem estar sujeitas nem a estes prazos nem à derrapagem dos seus custos ficaria muito melhor ao Partido Socialista do que vir aqui dizer, simplesmente, que a obra vai ser inaugurada no dia 31 de Outubro.
Essa, sim, é que deveria ser a postura correcta.
O caminho das obras públicas em Portugal não pode fazer-se nem com derrapagens nos custos nem com atrasos nas obras, como sucede neste caso concreto.
Para terminar, até porque já esgotei o tempo de intervenção, Sr. Presidente, não posso deixar de saudar quer a Comissão de Utentes da Ponte Eiffel, que se mobilizou desde a primeira hora para esta questão, quer a comissão de acompanhamento criada no âmbito da assembleia municipal, porque este tipo de acções também ajudam a fazer a política e a cidadania.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Eduardo Martins.

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Os escassos 2 minutos de intervenção de que disponho não me permitem deixar mais do que duas ou três notas.
A primeira nota vai, naturalmente, como bem sublinhou o Sr. Deputado Abel Baptista, para a intervenção cívica que permitiu que o Sr. Ministro das Obras Públicas tenha ido, não uma — como o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares quis fazer crer — mas muitas vezes a Viana do Castelo anunciar tantos prazos que não foram cumpridos.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Não diga mentiras!

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — E o resultado é este: desde o dia 1 de Fevereiro de 2006, foram percorridos mais de 70 milhões de quilómetros a mais por 12 500 viaturas, 12 500 automobilistas que tiveram de aceder à cidade através de um desvio com 11 km, que gastaram milhões de euros em combustível, que nunca tiveram do Governo (que se reclama o Governo da transparência) uma resposta minimamente cabal ao que verdadeiramente o LNEC descobriu sobre o tabuleiro da ponte e que, chegados a esta data, tantos meses depois, o que têm é uma promessa de abertura a 31 de Outubro, que esperemos que se verifique.
É neste atraso, nesta falta de atenção — e aqui discordo do Sr. Deputado Abel Baptista, porque entendo que isto é mais do que incompetência, é negligência — que se vê o respeito que este Governo de «Conde d’Abranhos» tem, verdadeiramente, por quem está distante da capital. É como na fábula da «Raposa e do Corvo»: caiu o queijo ao Eng.º Daniel Campelo e a raposa deixou de olhar para aquilo que está lá tão longe… — aquilo que está lá tão longe, como disse o Primeiro-Ministro no princípio, quando nos quis convencer a todos de que a prioridade era Espanha, Espanha, Espanha. Nós que, ao fazermos as compras em Espanha, vemos a diferença do que se passa de um lado e de outro da fronteira, não deixamos, contudo, de perder a

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