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33 | I Série - Número: 003 | 20 de Setembro de 2008

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, vamos, agora, passar ao período de votações, para o que importa proceder, desde já, à verificação de quórum.
Peço aos Srs. Deputados Secretários para apurarem o quórum de deliberação.

Pausa.

Os Srs. Deputados Secretários da Mesa comunicam-me que há 171 Srs. Deputados presentes, havendo, por isso, quórum de deliberação.
Assim, em primeiro lugar, passamos à apreciação do voto n.º 171/X (4.ª) — De pesar pelo falecimento de Alexander Soljenitsin (CDS-PP).
Para apresentar o voto, vou dar a palavra ao Sr. Deputado Telmo Correia, que dispõe de 2 minutos.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Entendeu o CDS que, no reinício dos nossos trabalhos parlamentares, devíamos prestar homenagem a esta grande figura, desaparecida no mês de Agosto.
Ao homenagearmos Soljenitsin, homenageamos, em primeiro lugar e obviamente, o génio literário, o autor de Um dia na vida de Ivan Denisovich e o autor também do imortal Arquipélago do Gulag.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — O génio literário é indiscutível e tem tradução, que mais não seja, na atribuição do prémio Nobel — ainda que, por vezes, nos fique a dúvida sobre se o prémio Nobel não é atribuído àqueles que não são os melhores da sua geração ou do seu país e que indiscutivelmente alguns dos melhores nunca o receberam.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Mas o certo é que se trata de um prémio Nobel.
Mas mais do que o prémio Nobel, homenageia-se a coragem.
Trata-se de um homem de uma ética irrepreensível e de uma coragem notável — a coragem de quem passou oito anos em campos de concentração, de quem terá sofrido as maiores sevícias ilustradas, designadamente no pavilhão dos cancerosos.
Trata-se de um homem que sofreu a pior das repressões e que teve a coragem, baseado em depoimentos — 227, no Arquipélago de Gulag — , de a denunciar, de a expor e de a dar a conhecer, antes que o mundo tivesse conhecimento desse mesmo horror e do terror que foram os campos de concentração soviéticos.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Este homem teve a coragem de denunciar o terror a que ele chamou uma fábrica de desumanização.
Mas é também um símbolo de liberdade — liberdade, de resto, que, devemos registar, ele sempre manteve ao longo da vida. Manteve essa liberdade quando não hesitou, Srs. Deputados, em denunciar, por exemplo, aquilo que ele via de errado no Ocidente. Ele nunca foi um homem do Ocidente e não hesitou em denunciar os males que ele via no Ocidente.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Já vamos ver como!

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