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51 | I Série - Número: 037 | 23 de Janeiro de 2009

Em suma, para o Partido Social Democrata não interessam apenas os direitos. São importantes os direitos dos velocípedes, mas também nos interessa a falsa sensação de segurança que esses mesmos direitos podem acarretar. Importa, por isso, que exista nas vias públicas uma certa co-existência pacífica entre todos os utilizadores.

O Sr. Presidente: — Queira concluir. Sr. Deputado.

O Sr. Fernando Santos Pereira (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Através de quê? Através do equilíbrio de direitos e deveres de todos os utilizadores das vias públicas.
Para isso, o Partido Social Democrata está disponível.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O CDS acolhe com satisfação a discussão que, hoje, aqui fazemos sobre os diversos diplomas em discussão, que, no essencial, pretendem criar mecanismos de promoção e garantia para os utilizadores da bicicleta.
A utilização da bicicleta é, hoje, feita, sobretudo, como uma forma de lazer e de desporto.
O uso da bicicleta como meio de transporte merece o apoio do CDS, por isso acolhemos com satisfação estes diplomas.
As vantagens do uso da bicicleta, face a outros meios de transporte, são várias. Desde logo por contribuírem para hábitos saudáveis, porque contribuem para o exercício físico, para a diminuição da sinistralidade rodoviária, nomeadamente em meio urbano,»

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — » onde a sinistralidade grave e mortal tem aumentado, ao contrário da tendência geral de diminuição, e para a diminuição da nossa dependência energética externa, sobretudo se substituir transportes movidos a energias fósseis, o que traz vantagens evidentes a nível ambiental.
O CDS entende que no sector ambiental e à custa deste já se fizeram muitas leis, algumas delas cheias de proibições e de arrazoados morais e, no fim de contas, quase tudo ficou na mesma.
No caso dos diplomas ora apresentados, salienta-se que são feitos de uma forma promocional e não proibitiva.
Acompanhamos, na generalidade, os presentes diplomas e, no âmbito da discussão na especialidade, esperamos encontrar melhorias, de forma a que todos os diplomas sejam conjugados com as condições de segurança, de funcionalidade e de concretização.
No âmbito da segurança, é necessário encontrar e definir as condições de utilização do velocípede, como, por exemplo, o uso de capacete, o seguro de responsabilidade civil, o uso de material reflector, a iluminação e outras.
No âmbito da funcionalidade, é necessário que fiquem estabelecidas campanhas de sensibilização, sobretudo no meio escolar, onde, obviamente, deve começar a sensibilização para as condições de circulação das bicicletas não só em termos legais mas também, e sobretudo, em termos de segurança, e normas de planeamento urbano, por forma a que a deslocação em bicicleta seja realmente adoptada.
Ao nível da concretização, é necessário encontrar as soluções que permitam gerir as actuais ciclovias, construídas sobretudo para fins de lazer, como vias de circulação entre as residências e os locais de destino — locais de trabalho, locais de estudo, áreas comerciais — e, inclusive, criar nos locais de destino, sobretudo nas zonas em que se tomam outros meios de transporte, como centros coordenadores de transportes e estações de caminhos-de-ferro, parques de estacionamento especialmente destinados a velocípedes.
Mais do que regras no Código da Estrada, é preciso, sobretudo, estabelecer regras de planeamento e de gestão urbana.