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39 | I Série - Número: 038 | 24 de Janeiro de 2009

portuguesas e a Administração norte-americana do tempo de Bush, porque o que aconteceu tem de ser posto a nu, em nome do Estado de direito e em nome das liberdades individuais.
O CDS-PP não ficou bem na «fotografia». Paulo Portas esteve ao lado de Rumsfeld, dizendo, numa célebre conferência de imprensa, que as armas de destruição maciça podiam estar numa pequena «caixinha».
Todos nós nos lembramos dessa «caixinha» de Paulo Portas com Donald Rumsfeld aqui, em Lisboa.
O CDS sempre alinhou totalmente com a Administração Bush, pelo que está hoje totalmente enfraquecido para ter qualquer posição abonatória do Estado de direito, dos direitos humanos ou seja do que for! Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Creio que há um limite para a ética política e que hoje esse limite foi ultrapassado pelo CDS-PP.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Arnaut.

O Sr. José Luís Arnaut (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, com a tomada de posse do Presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, inicia-se uma nova era. Uma era de esperança, uma era de relançamento da economia americana e, sobretudo, de um novo relacionamento entre os Estados Unidos e a Europa no aprofundamento da relação transatlântica, que é importantíssima para a reafirmação, quer da luta contra o terrorismo quer dos valores que partilhamos entre os Estados Unidos e a Europa.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mais um «cristão-novo»!

O Sr. José Luís Arnaut (PSD): — Todavia, mais importante (e que importa aqui realçar especificamente com este voto) é o anúncio feito pelo Presidente Obama de suspender, por quatro meses, todos os processos em curso contra os presos na prisão de Guantánamo. É uma medida que nos apraz registar e para a qual não podemos deixar de ter uma palavra de apreço.
Mas, mais relevante ainda é a concretização, pelo Presidente Obama, da promessa de fecho, até final de 2009, da prisão de Guantánamo. Repõe-se, assim, o pleno respeito pelos direitos humanos, pelos valores, liberdades e garantias, com o qual, naturalmente, não podemos deixar de nos associar e de saudar.
Se este encerramento é, por si só, importante e um bom sinal que se percebe e se saúda, já não conseguimos perceber nem saudar a forma precipitada com que o Governo de Portugal se ofereceu aos Estados Unidos para receber os detidos desse trágico campo.
Contudo, como o que importa é que todos lutemos contra o flagelo internacional que é o terrorismo a nível global, nós, no PSD, iremos votar a favor deste voto.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Vera Jardim.

O Sr. José Vera Jardim (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Os primeiros actos do exercício da presidência de Barack Obama confirmam a esperança que depositamos na nova liderança americana.
Começam pela afirmação dos valores constitucionais mais essenciais da Nação americana, contra as prisões ilegais, a tortura e esse «buraco negro», como aqui tantas vezes o qualificámos, que é Guantánamo, a favor da paz e da segurança no mundo.
Também vemos com satisfação, embora com estupefacção, que os que apoiaram a guerra e o unilateralismo procuram agora, á pressa, um lugar na primeira fila dos críticos»

Aplausos do PS.

» dos tremendos erros cometidos pela Administração Bush e dos quais a maior e primeira vítima foi o nome, a dignidade dos próprios Estados Unidos da América.

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