21 | I Série - Número: 056 | 13 de Março de 2009
O Sr. José de Aguiar Branco (PSD): — » que ziguezagueou na saõde ao sabor do vento ou, melhor, ao sabor de ministro e que a tornou mais distante, mais cara e de acesso mais difícil para as pessoas; que revelou, na educação, a sua capacidade máxima para o conflito e para a provocação, criando instabilidade nas escolas, prejudicando os alunos, desrespeitando os professores, preocupando os pais e reduzindo os níveis de exigência;»
Aplausos do PSD.
» que prosseguiu, na agricultura, uma aberrante política de destruição e desistência, abandonando os agricultores à sua sorte; que geriu, sem critério e eficácia, os fundos comunitários, convertendo, os projectos PIN no alfa e no ómega da política ambiental; que desperdiçou, na Administração Pública, o esforço reformista anterior, começando e terminando no grau zero, hoje, mais do que nunca, visível para todos; e, Sr.as e Srs. Deputados, qual cereja em cima do bolo, que não resistiu, nas áreas de soberania, à tentação da governamentalização da justiça, da segurança e das forças militares.
Aplausos do PSD.
O Governo ainda poderia facilmente concluir que, no domínio económico, nada do que prometeu foi cumprido: ao crescimento de 3% contrapôs-se a realidade da divergência com a Europa; a contra-face da redução de impostos foi o maior aumento da carga fiscal; à esperança de 150 000 novos empregos, sucedeuse a desilusão de uma maior taxa de desemprego.
Sr.as e Srs. Deputados: A tudo isto, podemos ainda juntar um endividamento externo insustentável, sobrando um leque de projectos megalómanos — de resto, desprovidos de estudos sérios e rigorosos — que conduzirão o país um empobrecimento sem igual.
O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — Muito bem!
O Sr. José de Aguiar Branco (PSD): — Sr.as e Srs. Deputados: Os últimos quatro anos foram anos de uma confrangedora propaganda e obsessão com a imagem. Como ontem sublinhou a Presidente do PSD, Portugal viveu numa espécie de longo intervalo publicitário. Um intervalo de quatro anos para publicidade, em que o Governo lançou mão de todos os meios para engendrar anúncios e aparências. Porém, a realidade, a verdade que tanto magoa o Partido Socialista, é totalmente outra e exige que, no momento certo, os portugueses optem por outro programa, por outras políticas e por outros protagonistas.
Aplausos do PSD.
Hoje, 12 de Março de 2009, mais do que nunca, o PSD assume o seu papel de alternativa de governo. Um partido que defende as liberdades, que acredita numa economia dinâmica e competitiva, num Estado magro e forte, num País coeso e solidário, com portugueses preparados para enfrentarem os desafios da globalização.
É bem caso para dizer: está a terminar o intervalo para publicidade, o programa segue agora com o regresso ao País.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Aguiar Branco, antes de mais queria felicitá-lo pela sua intervenção porque, objectivamente, toca num tema que nos preocupa a todos.
É verdade que, quatro anos depois o retrato do País está à vista: temos mais desemprego e menos empresas; mais impostos e menos produtividade; mais crime e menos segurança; mais fome e menos sensibilidade social; mais facilitismo na escola e menos exigência!