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28 | I Série - Número: 085 | 28 de Maio de 2009

É que o Partido Socialista tem sido o recordista das privatizações. O actual Governo de José Sócrates tem batido todos os records, privatiza tudo o que mexe e vem agora acusar o Bloco de Esquerda de querer nacionalizar pequenas iniciativas económicas, desconhecendo o Sr. Deputado Victor Baptista que, em economias de mercado ditas de referência, o sector da energia tem uma fortíssima posição pública e algumas áreas, como a da distribuição do petróleo, estão completamente nacionalizadas?! Isto seria alguma anormalidade?! Não teria a ver com um motor económico diferente em Portugal, com uma tentativa de recuperação do nosso crescimento, com uma adequada redistribuição, com uma ajuda às pequenas e médias empresas?! Creio que não vale a pena diminuir ou caricaturar as propostas do Bloco de Esquerda, porque, realmente, não é isso que eleva o Sr. Deputado Victor Baptista na sua capacidade de contradição em matéria económica nem sequer de sustentação do seu Governo.
O Sr. Deputado Victor Baptista, hoje, já fez aqui sátira acerca do nome dos seus oponentes, pelo que lhe direi que, apesar de Baptista, é pouco profeta. Vital Moreira disse que há-de haver um imposto sobre transacções financeiras, e ele, seguramente, tem razão, mas queremos que ele exista primeiro em Portugal.
Perguntou o Sr. Deputado, obviamente, desmentindo e desautorizando o candidato do seu partido,»

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Exactamente!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — » se este ç o momento para termos um imposto sobre transacções financeiras. Ele entendeu que sim! Vá-se lá saber porquê! Ninguém lhe explicou ainda o problema de esquizofrenia política do Partido Socialista! É que o Partido Socialista, nos actuais momentos, sobretudo na campanha eleitoral, quer dizer que é contra o neoliberalismo, que é absolutamente contra as políticas que têm dominado a ordem económica nos últimos anos, mas, depois, aqui, chumba os «pára-quedas dourados», as taxações especiais, o fisco sobre as grandes fortunas, enfim, tudo aquilo que caminharia no sentido de uma maior justiça social e de regulação do capitalismo. O Partido Socialista, este, o duro, o pragmático, o do Baptista, chumba! Não o disseram ao Vital! Não disseram ao Vital que o Baptista chumba! É este o problema da campanha do Partido Socialista.

O Sr. Victor Baptista (PS): — Ouviu mal!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Portanto, Sr. Deputado Victor Baptista, sem acinte, sem ressentimento e sem essa posição de alguma sobranceria, que é absolutamente desnecessária, responda-me, politicamente, por que é que o momento não é o adequado para taxar os «pára-quedas dourados» aos próprios, aos «páraquedistas», e por que é que não é o adequado para taxar as transacções financeiras. Desminta lá, com alguma capacidade e estruturação daquela que é a sua lavrada e conhecida competência, o candidato Vital Moreira!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Victor Baptista, depois da intervenção algo nervosa da bancada do PSD, quer do Deputado Duarte Pacheco, quer do Deputado Miguel Frasquilho, o Sr. Deputado fez uma intervenção não menos nervosa. E isto percebe-se! É que, no que toca a tributar e taxar quem mais acumula riqueza no nosso País, há uma concordância de discurso entre o PS e o PSD e o nervosismo vem ao de cima para proteger os interesses do costume e os grandes grupos financeiros.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Quanto às medidas, o Sr. Deputado Victor Baptista apresentou um conjunto de mistificações que importa esclarecer. Disse que não é este o momento, mas o que importa é perceber quem é que vai assumir, neste momento, os encargos da crise.

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