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68 | I Série - Número: 062 | 28 de Maio de 2010

perda ou diminuição de direitos ou benefícios, já na altura considerámos que esta não era uma solução correcta, e, aqui, deixamos, uma vez mais, esse reparo; e em matéria de protecção de casa de morada de família, por entendermos que o texto final a que se chegou na anterior Legislatura não ia tão longe quanto poderia e deveria ir nesta questão fundamental.
Os projectos de lei do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda recuperam estas duas matérias, que, na altura, foram motivo da nossa objecção.
Sem prejuízo destas duas matérias, votaremos favoravelmente os dois projectos de lei, porque continuamos a entender que, em sede de especialidade, é possível corrigir aqueles dois aspectos. Aliás, temos no nosso projecto de lei as soluções que entendemos necessárias.
Portanto, votaremos favoravelmente todos os projectos de lei que estão em discussão, sem prejuízo de, em sede de especialidade, procurarmos corrigir estes dois aspectos que consideramos que são facilmente ultrapassáveis.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Luís Marques Guedes.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Não é de agora a vertigem socialista para controlar e tudo regular na vida da sociedade, das empresas, das famílias e das pessoas.
A desconfiança pela livre iniciativa e o pouco respeito pela liberdade individual dos cidadãos são, sem sombra de dúvida, uma marca de água da cultura urbana de esquerda, profundamente dirigista e pretensamente moderna.
Infelizmente para os portugueses, a nossa triste sina nos últimos anos tem sido assistir a uma disputa, ombro a ombro, entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista do Eng.º Sócrates, a ver quem se chega mais à frente neste campeonato do disparate e do absurdo, a que chamam das medidas fracturantes. Nenhum deles, até ao momento, se pode considerar vencedor. Mas há já, claramente, vencidos, e vencidos são os portugueses, a sua dignidade pessoal e as suas liberdades individuais.

Aplausos do PSD.

As iniciativas que agora nos querem, com estes projectos, impingir são mais uma ofensiva, intolerável, nesta cruzada da esquerda.
O campo escolhido é, outra vez, o campo dos costumes. É de uma lei de costumes, Srs. Deputados, que hoje aqui falamos.
Julgávamos nós que Portugal era um país livre, em que a vida privada dos cidadãos era escolha sua, em que as opções pelas relações amorosas apenas diziam respeito a quem nelas se envolve, em que todos éramos livres de escolher assumir, ou não, compromissos interpessoais e livres de modular o grau e as implicações desses compromissos. Puro engano! A voragem desta cultura urbana, modernaça e de esquerda é insaciável e não se refreia.
Depois dos chips nas matrículas dos automóveis para controlar a circulação de cada um nos seus carros, de aprovarem uma lei para divorciar as pessoas à força, de decretarem o fim da diferença entre as livres orientações sexuais de cada um, querem agora casar as pessoas à força ou, em alternativa, condená-las a uma vida solitária.

Aplausos do PSD.

Em todas estas iniciativas, Srs. Deputados, há um elo comum: o mais absoluto desprezo pela liberdade de cada um de nós escolher o modo como quer organizar a sua vida pessoal.
Sr.as e Srs. Deputados, será que não vos atravessa o espírito compreender que as pessoas sabem muito bem distinguir entre o que é casar e o que é viver junto? Que sabem e que querem distinguir?

Vozes do PSD: — Muito bem!

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