72 | I Série - Número: 031 | 16 de Dezembro de 2010
Os Deputados do PS, Eurídice Pereira —  Catarina Marcelino —  Sofia Cabral —  Eduardo Cabrita —  
Osvaldo Castro —  Luís Gonelha. 
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A versão final do Regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida, resultante da 
ponderação da discussão pública por parte do ICNB e do ISA e da respectiva validação pela tutela 
governamental, foi apresentada e transmitida a 15 de Janeiro de 2005 aos municípios de Setúbal, Palmela e 
Sesimbra, pelo XVI Governo Constitucional PSD/CDS-PP. 
Nessa versão final, resultante da discussão pública, estabelecia-se a interdição da actividade de co-
incineração de resíduos industriais perigosos, assim como o não-alargamento das cotas a respeitar pelas 
actividades extractivas realizadas dentro do perímetro do Parque Natural. Contudo, sem qualquer base 
técnico-científica e sem discussão pública, o XVII Governo Constitucional do Partido Socialista veio a aprovar, 
a 5 de Junho de 2005, o Plano de Ordenamento não seguindo aquelas propostas. 
No que respeita à situação do Parque Natural da Arrábida o PSD defende que, antes de se decretarem 
soluções não precedidas de uma análise prévia e para basear a subsequente revisão do Plano de 
Ordenamento, deve ser primeiro realizada uma monitorização e feita uma avaliação rigorosa da adequação e 
do grau de execução do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida. Nessa avaliação deverão ser 
apreciadas a situação, os efeitos e a legalidade da actividade cimenteira e de co-incineração de resíduos 
industriais perigosos, da actividade extractiva e das pedreiras, das zonas de protecção marinhas 
(designadamente o Parque Natural Prof. Luiz Saldanha) e dos projectos imobiliários realizados ou projectados 
para dentro do perímetro do Parque Natural da Arrábida. 
No que respeita à matéria da co-incineração de resíduos industriais perigosos (RIP), foi o PSD quem 
encontrou e criou uma solução alternativa à co-incineração dos RIP, que são os CIRVER. Infelizmente os 
governos do PS não têm permitido aos CIRVER funcionarem segundo a sua capacidade e as necessidades do 
País. 
Naquele que é o âmbito adequado para resolução deste problema da co-incineração de RIP, que é a 
regulação da Política Geral de Resíduos, o PSD continuará a lutar pelo cumprimento daquela que é melhor e 
mais adequada solução: os CIRVER. 
Os Deputados do PSD, António Leitão Amaro —  Paulo Cavaleiro —  Maria das Mercês Borges. 
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O CDS-PP votou contra o projecto de resolução n.º 297/XI (2.ª) —  Recomenda ao Governo a revisão do 
Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA), apresentado pelo Bloco de Esquerda, 
porquanto considera que, sendo correcto o diagnóstico realizado sobre a situação do Parque Natural da 
Arrábida, algumas das soluções propostas serão inexequíveis ou manifestamente excessivas, podendo 
inclusivamente vir a desencadear situações de desemprego num Distrito já de si tão carenciado de emprego 
como é o de Setúbal. 
O CDS-PP votou contra também porque apresentou sobre a mesma matéria o projecto de resolução n.º 
322/XI (2.ª), que «Recomenda ao Governo que aprove medidas de protecção, fiscalização e reforço das 
condições do Parque Natural da Arrábida e simultaneamente proceda à avaliação da adequação e 
concretização do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida, após 5 anos de implementação», e 
que preconiza soluções mais equilibradas, exequíveis e mais adequadas às necessidades das populações e 
das circunstâncias em que vivemos. 
Essa a razão por que este projecto de resolução foi aprovado com os votos a favor do PS, do PSD, do 
CDS-PP e de Os Verdes, o voto contra do BE e a abstenção do PCP. 
Os Deputados do CDS-PP, Nuno Magalhães —  João Pinho de Almeida. 
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