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39 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011

Portanto, a questão é só uma e a intervenção do meu colega de bancada Eduardo Cabrita foi muito clara.
O meu colega de bancada referiu-se a factos importantes que, de duas, uma, ou são desmentidos ou são esclarecidos. De facto, queremos esclarecer toda e qualquer questão que seja necessária esclarecer, para percebermos o que se passou e o que se está a passar no BPN.
Portanto, a minha intervenção serve para reafirmar a posição do PS neste debate, no sentido de que permitirá todos os esclarecimentos, todos os dados, para que Portugal e os portugueses consigam perceber o que está a ser feito no BPN e como é que estão a ser salvaguardados os seus interesses neste processo.

Aplausos do PS

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este debate, que agora se aproxima do fim, revelou com muita clareza quem é que olha para os 12 anos do passado do BPN sem preconceitos, sem medos e sem cumplicidades.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

O Sr. João Semedo (BE): — É extraordinário como para o PSD só interessam os últimos dois anos, como também não deixa de ser extraordinário que para o PS só não contem os últimos dois anos.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Isso não é verdade!

O Sr. João Semedo (BE): — Olhamos para ambos os períodos com o mesmo desejo e a mesma proposta de responsabilidade, de informação, de conhecimento e de verdade.
Sr.as e Srs. Deputados, não se percebe a vossa indignação, o vosso nervosismo com estas propostas do BE. Se querem informação, se desejam transparência, se desejam responsabilidade, então, aplaudam as iniciativas que aqui traz o BE. O que não percebe, nem aqui nem fora deste Parlamento, é que tenham ficado tão enervados, porque gostam muito de transparência, gostam muito de informação, gostam muito de responsabilidade mas, Sr.as e Srs. Deputados, quem trouxe aqui as propostas foi o Bloco de Esquerda!

Aplausos do BE.

O Partido Socialista vem hoje reconhecer, como, aliás, era inevitável, que este é um caso de polícia. Mas, Srs. Deputados do Partido Socialista, não é apenas um caso de polícia, é também, hoje, depois da nacionalização, um caso de política: de política orçamental, de política das contas públicas, de política das contas do Estado.

O Sr. José Gusmão (BE): — Muito bem!

O Sr. João Semedo (BE): — E porquê? Porque a vossa atitude de resignação prepara-se para atirar sobre o bolso dos contribuintes a roubalheira do Banco Português de Negócios. O BE não está de acordo com isso.
Por isso mesmo, queremos dar ao Estado e ao Governo um instrumento que possa responsabilizar financeiramente os verdadeiros responsáveis pela fraude e pela burla do BPN.
Sr.as e Srs. Deputados, não confundimos o «polícia» do CDS nem o «bombeiro» da Caixa Geral de Depósitos do PSD, aqui invocado, com o «ladrão». Sabemos distinguir o «polícia» do «bombeiro» e do «ladrão»! E todos eles têm as suas responsabilidades, mas não se queira que o BE perdoe o «polícia» para condenar o «bombeiro» ou perdoe o «bombeiro» para isentar de responsabilidades o «gatuno». Isso não faremos, Sr.as e Srs. Deputados! Sr. Deputado Miguel Macedo e restantes Srs. Deputados do PSD, compreendo a exaltação do PSD e até o desnorte aqui manifestado neste debate. Percebo, mas deixe-me que lhe diga o seguinte: a exaltação do PSD está, por um lado, atrasada e, por outro, mal orientada.

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