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11 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011

orçamentais e dívida pública mais sustentáveis e mais crescimento para termos mais emprego e mais bemestar.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Entendi sempre ser minha obrigação, não só como Ministro das Finanças, mas também como profissional conhecedor e treinado nestas matérias, identificar e propor as medidas adequadas para garantir que os nossos sacrifícios não sejam em vão.
Tenho consciência do que estamos a exigir aos portugueses e por isso estas decisões nunca são tomadas de ânimo leve. Mas é meu dever, é minha responsabilidade avançar com as medidas que podem ajudar o País a ultrapassar as dificuldades com que se depara.
A minha lealdade para com o País a isso me obriga. Tem sido esse, desde sempre, o meu compromisso com os portugueses e não é agora que me vou desviar dele por razões de imagem, de conveniência ou de calculismo político.

Aplausos do PS.

Se há momentos em que temos de falar claro, este é um deles e eu quero ser claro: o País tem de prosseguir com este ajustamento, pois sem ele não venceremos as dificuldades do presente e comprometeremos o nosso futuro, porque sem financiamento não haverá investimento, não haverá crescimento, não haverá emprego. É isto que dá sentido aos sacrifícios que temos de fazer! Impedir que o País prossiga neste ajustamento não livrará os portugueses dos sacrifícios que são necessários; pelo contrário, poderá vir a obrigá-los a sacrifícios ainda maiores! A recusa irredutível de uma negociação deste PEC, que pudesse viabilizar um programa de correcção orçamental e de reformas adequado e, agora, a sua recusa, vai muito, provavelmente, provocar a imediata reapreciação do risco do País por parte das agências de rating, com consequências imediatas na sua classificação.
A recusa deste PEC vai agravar as condições dos mercados financeiros, o que gerará dificuldades adicionais ao financiamento do País que, duvido, sejamos capazes de, daqui por diante, superar por nós próprios.
Perante isto, pergunto-me: se reprovar o PEC não afasta a necessidade de sacrifícios, qual é o sentido de responsabilidade daqueles que com a sua recusa vão colocar o País numa situação financeira ainda mais grave da qual resultarão sacrifícios ainda maiores para os portugueses?!

Aplausos do PS.

Posso compreender a ansiedade daqueles que, estando afastados há seis anos do poder, tanto anseiam por ele. Não compreendo, porém, que queiram chegar ao poder impondo tamanho custo aos portugueses!

Aplausos do PS.

Não desistamos do diálogo e da negociação para ultrapassarmos as nossas divergências. O País precisa, o País merece que façamos esse esforço! O País precisa de um amplo entendimento político, pois só com esse entendimento teremos capacidade para prosseguir com a correcção estrutural dos desequilíbrios que comprometem o nosso crescimento sustentado.
Esse entendimento é urgente. Se não o alcançarmos agora, será necessário alcançá-lo no futuro. O «senão» é que as recusas e a crispação de agora põem em sério risco a capacidade de nos entendermos no futuro.
Por isso, mais do que nunca, o sentido de responsabilidade de todos nós está posto à prova. O País, estou certo, exige que esta prova seja superada!

Aplausos do PS, com Deputados de pé.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, iniciamos o período de perguntas ao Sr. Ministro de Estado e das Finanças pelo Grupo Parlamentar do PSD.

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