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21 DE JULHO DE 2011

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O Sr. António Filipe (PCP): — Então, a vossa posição é de cócoras!

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Neste momento, aquilo que se exige a todos os respectivos

políticos, desde logo dessa bancada, é que tenham a capacidade de recuperar a credibilidade que,

infelizmente, perdemos nos últimos anos.

Contamos com VV. Ex.as

para nos ajudarem nessa tarefa, que é difícil, mas acreditamos que vamos

conseguir!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando

Medina.

O Sr. Fernando Medina (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O caminho apresentado pelo

Partido Comunista é um caminho de irresponsabilidade e de populismo, que não podemos acompanhar.

Protestos do PCP.

Irresponsabilidade porque, se levado à prática, deixava Portugal sem qualquer fonte de financiamento

externo. A consequência directa de uma reestruturação unilateral da dívida, como é proposto, seria a de não

termos qualquer investidor privado a emprestar a Portugal, durante muitos anos.

Ao mesmo tempo, o PCP recusa o acordo da tróica, isto é, o financiamento assegurado pelos Estados

europeus e pelas instituições internacionais, única alternativa ao mercado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Única?!

O Sr. Fernando Medina (PS): — Em síntese, a visão do PCP deixa o Estado português numa situação

desastrosa, sem qualquer alternativa para financiar os cerca de 40 000 milhões de euros/ano, de que

necessitamos para refinanciar a dívida existente e financiar as novas emissões. É uma visão que não

podemos, de forma nenhuma, aceitar.

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do PCP Agostinho Lopes.

Mas o caminho do PCP é também o caminho do populismo em matéria de finanças públicas. Porque se, na

aparência, diz ser favorável ao equilíbrio das contas, na prática, rejeita todas as medidas e decisões para o

fazer. As medidas do PCP acenam, com facilidades e com um processo de ajustamento sem custos para

ninguém,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É falso!

O Sr. Fernando Medina (PS): — … iludindo os portugueses quanto às exigências do caminho. Aliás, este

caminho não é exclusivo do PCP.

Protestos do PCP.

Vimos também a direita fazer o mesmo na campanha eleitoral: afirmar que o défice se resolveria

unicamente com cortes no Estado gordo e paralelo.

Aplausos do PS.

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