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26 DE JULHO DE 2012

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Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942. Foi advogado,

mas foi no ensino onde começou a sua longa carreira e onde se afirmou. Primeiro no ensino liceal, como

professor, como diretor do Instituto de Assistência aos Menores e como reitor do Liceu Nacional D. João de

Castro (Lisboa). Depois, no ensino superior, como professor do atual Instituto Superior de Ciências Sociais e

Políticas (ISCSP).

Ingressou na política, tendo sido Deputado à Assembleia Nacional, entre 1957 e 1961. Foi Ministro da

Educação, entre 1968 e 1970, e, mais tarde, entre 1972 e 1974, assumiu o cargo de embaixador de Portugal

em Brasília, no Brasil.

Mas foi como historiador e, em particular, como divulgador da História portuguesa que mais se notabilizou.

Iniciou, em 1971, uma colaboração com a RTP, que manteve até ao seu falecimento, e que lhe permitiu

apresentar inúmeros programas televisivos, tais como Horizontes da Memória, Gente de Paz, O Tempo e a

Alma, Histórias que o Tempo Apagou e A Alma e a Gente. Publicou, ao longo da sua vida, inúmeros títulos,

entre os quais as famosas História concisa de Portugal (1978) e História de Portugal (1981), tendo a primeira

sido traduzida em várias línguas.

Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História, da Academia de

Marinha, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, no Brasil, e Sócio Honorário do Movimento

Internacional Lusófono.

O seu mérito foi reconhecido nacional e internacionalmente. Foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem da

Instrução Pública, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho, a Comenda da Ordem de N. S. da Conceição

de Vila Viçosa, a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco (Brasil) e já este ano recebeu a Grã-Cruz da Ordem do

Infante D. Henrique.

O seu contributo para a História de Portugal e para a sua divulgação é inestimável. Descrito

frequentemente como o «príncipe dos comunicadores», será recordado como um dos maiores comunicadores

de sempre da televisão portuguesa, e como o homem que cultivou em muitos a sede de conhecimento pela

nossa identidade histórica.

A Assembleia da República reconhece ao historiador José Hermano Saraiva a dedicação, a perseverança

e a mestria com que se dedicou à divulgação da História de Portugal, tornando-se uma personalidade

incontornável da cultura portuguesa, e apresenta a toda a sua família e amigos as suas sentidas condolências,

juntando-se assim a todos os que lamentam a perda deste ilustre português».

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 72/XII (1.ª).

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS e do CDS-PP, votos contra do PCP,

do BE e de Os Verdes e abstenções dos Deputados do PS Isabel Alves Moreira e Pedro Delgado Alves.

O Sr. Alberto Costa (PS): — Sr.ª Presidente, peço desculpa, permite-me o uso da palavra?

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Alberto Costa (PS): — Sr.ª Presidente, quero apenas anunciar à Câmara que apresentarei uma

declaração de voto, em conjunto com o Sr. Deputado Ferro Rodrigues.

A Sr.ª Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.

Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Srs. Deputados, prosseguindo com as votações, vamos votar um projeto de resolução que hoje deu

entrada na Mesa, que é o projeto de resolução n.º 447/XII (1.ª) — Recomenda ao Governo a adoção urgente

de medidas de apoio à recuperação do património agrícola, florestal, habitacional e de infraestruturas e

atividades económicas destruídos ou afetados pela vaga de incêndios na Região Autónoma da Madeira (PSD,

PS e CDS-PP).

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