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I SÉRIE — NÚMERO 12

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O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, é bom que criemos condições para que nos façamos

ouvir.

Sr. Deputado Jorge Fão, queira concluir, uma vez que já terminou o tempo de que dispunha.

O Sr. Jorge Fão (PS): — Portanto, os senhores não fizeram nada efetivamente, foi um ano de total perda

de tempo, para preparar uma privatização a todo o custo e a qualquer preço.

De resto, deixaram-me seriamente preocupado as afirmações do Presidente da comissão especial,

Francisco Van Zeller, de todo inoportunas e preocupantes.

O PS discorda e sempre discordou da privatização total dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Como

já dissemos, e repetimos agora, este Governo não é dono do património do Estado, é só seu gestor, e isso

significa que não se pode desfazer, como quer e quando quer, de 100% de uma coisa que é pública.

Em resumo — e para terminar, Sr. Presidente —, digo que, infelizmente, perante o «mau tempo» nos

Estaleiros Navais de Viana do Castelo, este Governo não conseguiu sequer sair a barra, ficou na doca e

refugiou-se no convés. Ao fim de mais de um ano, a única coisa que decidiu foi cortar as amarras e perder

barcos e redes. É caso para dizer: fracos marinheiros!

Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Ministro da Defesa Nacional: Admitir repensar e rever o modelo do processo de

privatização dos Estaleiros é efetivamente demostrar a mínima valentia para enfrentar a tempestade que

também se abateu sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Ainda estamos em tempo, e estou

convicto de que valerá a pena corrigir este mau rumo que os senhores decidiram para os Estaleiros Navais de

Viana do Castelo. O Partido Socialista está disponível para colaborar nessa missão.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista para uma intervenção.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Sr.ª Secretária de Estado, Sr.as

e Srs.

Deputados: Gostaria, em primeiro lugar, de saudar a delegação dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de

Viana do Castelo aqui presente e de dizer que a minha intervenção tem um registo um bocadinho diferente

daquele que está a acontecer neste Plenário.

O Sr. Deputado Honório Novo apresentou aqui a apreciação parlamentar requerida pela sua bancada, em

que uma das questões levantadas é a de que o Partido Comunista rejeita a teoria maniqueísta. Eu diria que o

PCP tem exatamente uma teoria maniqueísta em relação à economia.

Protestos do PCP.

Primeiro, tudo o que é público é bom, mesmo quando não dá resultado, mesmo quando o resultado são a

falência e o desemprego; tudo o que seja privado é mau, porque é levar à destruturação o aparelho produtivo.

O Sr. João Oliveira (PCP): — O problema do público é a vossa gestão!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — O que verifico é que há bons casos num lado e bons casos no outro.

Relativamente à situação em concreto, lamento ter ouvido aqui o discurso do Sr. Deputado Jorge Fão, pela

forma como foi feito. É que assumir responsabilidades não é apenas proclamá-las; assumir responsabilidades

é também praticá-las.

Vozes do CDS-PP e do PSD: — Muito bem!

O Sr. Jorge Fão (PS): — Pratiquem-nas vocês! Estão a tempo!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — A última vez em que foi feita alguma coisa relativamente à viabilização

dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo foi no Governo de Durão Barroso, quando os Estaleiros Navais de

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