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I SÉRIE — NÚMERO 32

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A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, agradecendo os

seus cumprimentos e a questão colocada, quero dizer-lhe que esse País de que estou a falar não é um país

que se concentre em Paris. De facto, não é esse país.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É o País que hoje temos. E estranho muito que o Sr. Deputado Pedro

Delgado Alves tenha defendido todo este caminho que nos trouxe até aqui, porque esse não é seguramente o

caminho em que a juventude portuguesa se revê. Vá dizer, lá fora, aos milhares de jovens portugueses

desempregados que nada falhou! Vá dizer, lá fora, aos mais desprotegidos, aos que têm dificuldades que

nada falhou, que a Constituição foi o garante da sua empregabilidade, que a Constituição foi o garante do seu

acesso à saúde e do seu acesso à educação!

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — E não foi?!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, o que quero dizer-lhe é que não

contem connosco para uma discussão demagógica; contem connosco, sim, para construirmos a

sustentabilidade do Estado social. E foi para esse desafio, para encontrarmos políticas que sustentem a

necessidade de garantirmos o futuro deste País e, sobretudo, o acesso gratuito à saúde e à educação, que

convoquei a bancada do Partido Socialista.

Vejo, com algum apreço, que, por um lado, se mostrou disponível para o debate, mas também vejo, por

outro, que continua fixo aos dogmas do passado. E, assim, Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, não vamos

conseguir construir o futuro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Rita Rato.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Hugo Soares, quero também felicitá-lo pela

realização do Congresso da JSD e pela sua eleição para presidente.

O Sr. Deputado disse-nos aqui que, nos últimos 20 anos, temos andado mal, que o País tem andado mal e

que a situação da juventude tem vindo a degradar-se. Então, a questão que lhe colocamos é até onde o

Governo, o Sr. Deputado e o seu partido estão disponíveis para assumir as responsabilidades que têm, nestes

20 anos, neste atual Governo e nesta governação, e os efeitos que daí decorrem para a situação da

juventude.

O Sr. Deputado pode continuar a dizer que o anterior Governo do Partido Socialista fez coisas muito

erradas — e fez! —, que agravou o desemprego — e agravou! —, mas o seu Governo está a seguir

exatamente o mesmo caminho, porque foi por causa deste Governo que foram despedidos professores no

início deste ano letivo e que os psicólogos não foram colocados.

Portanto, este Governo tem responsabilidades diretas no agravamento do desemprego e da situação

económica e social.

O Sr. Deputado é jovem, é da JSD, mas não falou dos problemas da juventude. Não o ouvimos falar do

desemprego, que, hoje, no nosso País, conhece níveis históricos — 39% dos jovens portugueses estão

desempregados —, dos falsos recibos verdes, da precariedade, do salário mínimo nacional, que é uma miséria

e do que este Governo quer pagar aos jovens, através do Impulso Jovem, que são 630 €. O Sr. Deputado não

disse uma palavra sobre a vida atual da juventude.

Porém, veio dizer uma coisa muito engraçada, isto é, que não tem graça nenhuma, é, aliás, até, muito

grave: disse que o problema do País é a Constituição. Sr. Deputado, o problema do País é a violação da

Constituição, são anos e anos de Governo a desrespeitar e a violar a Constituição!

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