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15 DE FEVEREIRO DE 2013

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Este projeto avançava com propostas concretas para a transformação do sequeiro em regadio nas áreas

abrangidas pelos perímetros do Sistema Global de Rega de Alqueva, correspondendo a uma superfície total

de 130 000 ha.

No lugar do projeto Alqueva Agrícola, o Governo socialista avançou com a politização do empreendimento

para tirar dividendos na mesa de voto, esquecendo-se que não bastava iludir as pessoas com a antecipação

da data para a conclusão do empreendimento agrícola. Alqueva era só um enorme estaleiro de construção

civil. Não havia estratégia, investigação ou formação. Eram agricultores contra a EDIA, agricultores contra

agricultores.

Felizmente, tudo mudou.

Estranho, por isso, que o Partido Comunista, que visitou Alqueva e reuniu com a Administração da EDIA,

venha agora com um conjunto de ideias genéricas e de propostas que já foi ultrapassado pelos

acontecimentos, inclusive naquele ponto que o Partido Comunista faz questão de realçar, o da defesa dos

interesses dos pequenos agricultores.

A EDIA já contactou quase um milhar de pequenos agricultores que, no seu conjunto, ocupam 12 000 ha

de novos regadios, perguntando-lhes se querem trabalhar a terra, se querem arrendar, se querem vender ou

fazer parcerias. Esta é a filosofia da bolsa de terras, que está a ser implementada.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso não é bolsa de terras, é outra coisa!

O Sr. Mário Simões (PSD): — Para além disto, a EDIA diagnosticou o que chama de «zonas de aptidão»

para novas culturas, dando a conhecer a caracterização dos solos a potenciais investidores, com um

conhecimento preciso das variáveis edafoclimáticas. E foi mais longe: criou a academia hortícola, o clube de

produtores de cereais de qualidade e nos Coutos de Moura avançou com ações de emparcelamento.

Vozes do PCP: — Isso foi há 10 anos!

O Sr. Mário Simões (PSD): — Posso ainda referenciar o projeto da papoila, um projeto muito interessante

e que está a ser desenvolvido, bem como projetos relativos a outras culturas que estão em curso — da cebola,

da amêndoa, do tomate, do milho, do melão. É um elevado número de culturas.

Repito: foi pena o Partido Comunista não ter avançado com o seu plano estratégico em altura mais

adequada, porque a sua apresentação agora significa «chover no molhado». Esse projeto de resolução,

embora não pareça ser esse o seu objetivo, acaba por branquear o laxismo e a falta de capacidade dos

Governos socialistas.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Era só o que faltava!

O Sr. Mário Simões (PSD): — Termino, Sr.ª Presidente, dizendo que o Alqueva está a ser uma realidade

— começado e lançado, relembro, pelo Prof. Aníbal Cavaco Silva — e será concluído por este Governo em

2015, com financiamento garantido. E esta verdadeira revolução agrícola nos campos do Alentejo, aguardada

por gerações, também é possível graças ao empenho pessoal do Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do PSD.

O Sr. João Oliveira (PCP): — De falta de criatividade não podem ser acusados!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr.ª Presidente, começo por felicitá-la pelo seu aniversário.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Muito obrigada, Sr. Deputado.

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