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28 DE FEVEREIRO DE 2013

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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: No final deste debate sobre

uma questão que é indiscutivelmente sensível e socialmente importante, esperaríamos todos, e creio que o

esperariam todos os portugueses, a par de todos nós, posições mais construtivas do que propriamente

posições mais oportunistas, como temos visto ao longo desta tarde.

No que respeita à esquerda mais à esquerda, não tenho razão, pois mantém a sua posição habitual e

coerente de defesa intransigente do regime vinculístico do Estado Novo e, aqui e acolá, aproveitando algum

alarme social que vai lançando, aqui e acolá também, procura com isso tirar ganhos políticos.

Em relação a essa esquerda mais à esquerda, gostaria apenas de relembrar que ninguém falou dos

milhares de jovens, muitos deles casais jovens, que gostariam, também eles, de poder aceder ao mercado de

arrendamento…

Protestos dos Deputados do PCP Miguel Tiago e Rita Rato.

… e que durante anos e anos foram impedidos de o fazer por essa esquerda que hoje defende, mais uma

vez, um regime vinculístico.

Mas, Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, mais surpreendente é a posição do Partido Socialista, ou

talvez não, tendo em atenção os últimos episódios daquilo que tem sido a vida do Partido Socialista.

Na verdade, assinaram, há um ano e meio, o Memorando de Entendimento, o qual previa exatamente

aquilo que está nesta lei, ou até algo um pouco mais radical do ponto de vista das propostas. Já quando foi

aqui a votação, não honraram aquilo que assinaram e negociaram em nome de Portugal, mas depois do bluff

que fizeram no início do debate, habilmente contornado pelo Partido Comunista Português, aquilo que o Sr.

Deputado Mota Andrade e o Partido Socialista fizeram foi um hino à hipocrisia e ao cinismo político…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … e, no que se destina não à defesa dos interesses de Portugal e

dos portugueses mas apenas e só à defesa dos interesses oportunistas do Partido Socialista e das eleições

autárquicas que se aproximam, dirigidos apenas para esses eleitorados, percebe-se hoje que as convicções

do Partido Socialista não conseguem, de alguma forma, esperar por aquilo que é uma belíssima oportunidade

de ganhar umas boas eleições.

Srs. Deputados do Partido Socialista, há aqui algo que distingue, de facto, o CDS do Partido Socialista:

nós, apesar de não termos conduzido Portugal ao estado em que o País se encontrava, sem dinheiro para

pagar pensões e salários,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso é falso!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … tivemos sentido de Estado e de responsabilidade, assinando o

Memorando de Entendimento por VV. Ex.as

negociado. Os senhores, porque há eleições autárquicas daqui a

uns meses, rasgam um compromisso com a História e, rasgando um compromisso com a História, rasgam um

compromisso com o País, rasgam a vossa história de um partido de alternância, rasgam, sobretudo, o esforço

que os portugueses têm feito em nome das políticas que os senhores, nos últimos anos, seguiram e da

tragédia a que conduziram o País.

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Mota Andrade.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Nuno Magalhães, em política

não vale tudo!

Vozes do CDS-PP: — Ah!

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