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I SÉRIE — NÚMERO 82

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assumir um papel preponderante no financiamento da atividade económica, designadamente das micro,

pequenas e médias empresas.

É caso para dizer que por este andar o Sr. Deputado fica com os rins numa desgraça, com tanta

cambalhota, tanta pirueta, tanta reviravolta, quando diz aquilo que diz…

Vozes do PCP: — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — … poucos dias depois de chumbar o projeto de resolução que o PCP

apresentou neste Plenário, precisamente no sentido de fomentar o financiamento às micro, pequenas e

médias empresas, de atribuir um papel preponderante à Caixa Geral de Depósitos enquanto banco público, ou

seja, o mesmo papel que o senhor negou com o voto ao chumbar o projeto, mas veio aqui defendê-lo há 5

minutos!

Vozes do PCP: — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Cuidado com os rins, Sr. Deputado. Veja lá onde é que isso vai parar!

Por outro lado, não houve, e não há, dinheiro para financiar a economia e a atividade económica, mas

houve dinheiro, milhares de milhões de euros, para financiar o BPN e tapar o buraco deixado por pessoas bem

conhecidas — aliás, bem conhecidas de VV. Ex.as

.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Há uma questão que se prende com o caráter eminentemente fraudulento e

propagandístico destas medidas anunciadas, porque passam ao lado da questão central da economia

portuguesa (a da dinamização do mercado interno, ou seja, da procura interna e do poder de compra que as

populações não têm para garantir a procura, permitir um escoamento da produção e também a dinamização

do próprio comércio e serviços do nosso País), que é a de atingir, pelas exportações, 50% do PIB. Pergunto:

que objetivo é este? Estamos a falar de um equilíbrio da balança comercial assente na fome? Nas pessoas

que não consomem porque não têm poder de compra? Na quebra das importações, que se traduz num setor

automóvel que tem uma situação que nunca teve na nossa história?

É preciso sabermos do que estamos a dizer quando falamos do equilíbrio da balança comercial e do

aumento das exportações em relação ao PIB, que está a cair cada vez mais. Essa é que é a situação que

traduz a política económico que tem vindo a ser seguida!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Há uma outra questão de fundo, que o senhor não mencionou, relacionada

com os custos da energia para a atividade económica, designadamente para a indústria.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Pois é!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nas nossas Jornadas Parlamentares, mencionámos o anúncio feito

recentemente da siderurgia…

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Esse anúncio era sobre o encerramento eminente ou anunciado ou a intenção de encerramento das

unidades da siderurgia, especialmente da Maia, em função precisamente dos preços da energia.

O senhor fala numa economia mais «amiga do investimento». Mas está a falar de que economia e de que

investimento? Está a falar de medidas ao nível do IRC, promovendo uma espécie de offshore fiscal para os

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