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I SÉRIE — NÚMERO 104

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Sr.ª Deputada Joana Barata Lopes, é muito bonito virmos aqui todos dizer que é um flagelo. Mas a Sr.ª

Deputada vai hoje aprovar um Orçamento retificativo, não vai?!

Protestos da Deputada do PSD Joana Barata Lopes.

Nós vamos votar contra, porque é o Orçamento retificativo do desemprego, da continuação da fabricação

de desemprego no País!

Protestos da Deputada do PSD Joana Barata Lopes.

Portanto, o que se conclui, face à votação que vai ter lugar daqui a pouco, é que Os Verdes são coerentes

em relação ao que propõem e que a Sr.ª Deputada, o PSD e o CDS não são coerentes relativamente ao que

propõem, ficando, portanto, no campo das preocupações!

Passo agora a explicar-lhe uma coisa. A Sr.ª Deputada diz o seguinte: «Mas já há alguns apoios às

empresas para a contratação de jovens, e vocês propõem isso também no vosso projeto de resolução». Sr.ª

Deputada, o projeto de resolução tem de ser visto como um todo.

Sabe onde é que o Governo falha redondamente? É na delapidação da economia! Não há programa, não

há apoio de contratação que consiga ter eficácia quando a delapidação da economia é a primeira obra do

Governo.

O que o projeto de resolução de Os Verdes procura indicar é justamente isso, ou seja, que não há combate

ao desemprego, particularmente ao desemprego jovem, sem a redinamização da economia.

Sr.ª Deputada Inês Teotónio Pereira, tenho muito gosto em responder à sua questão, dizendo-lhe o

seguinte: para nós, tanto faz que o projeto de resolução seja lido do ponto 1 para o ponto 15, como, ao

contrário, do ponto 15 para o ponto 1,…

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — … como, se quiser, pelos números pares ou pelos números

ímpares, porque todas as medidas são igualmente relevantes. Elas não têm uma ordem hierárquica! São

medidas determinantes para o relançamento da nossa economia, para a criação de postos de trabalho.

Portanto, todas essas medidas conjugadas, vêm fazer aquilo que seria eficaz e absolutamente necessário

para o País e que o Governo não faz. Não faz porquê? Porque, Srs. Deputados, o Governo não tem como

prioridade o combate do desemprego.

Protestos da Deputada do PSD Joana Barata Lopes.

Como referi, o Governo, por via de diversas declarações, já disse expressamente que considera o

desemprego uma coisa natural. Diz que tem pena — veja bem, Sr.ª Deputada! —, mas que é uma coisa

natural, expectável.

Esta lógica da austeridade teria necessariamente que dar estes números de desemprego. Só que o que é

que fazemos perante esta situação? Acomodamo-nos? Ficamos de braços cruzados à espera? Ou fazemos a

fantochada do Impulso Jovem?

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — A fantochada?!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Ou, então, de facto, criamos medidas eficazes e concretas, como

Os Verdes aqui propõem, no sentido de alterar a situação: não ficar a ver, através de uma janela, tudo a subir,

mas contribuir de uma forma proactiva para que decresça.

Sim, Sr.ª Deputada, trata-se da fantochada — volto a frisar — do Impulso Jovem! Porquê? Porque o que

Impulso Jovem procura não é a criação de postos de trabalho para os jovens, mas sim retirar jovens, por via

de alguns estágios, das estatísticas do desemprego,…

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